Qual é o papel dos sistemas automatizados no processo de produção de um veículo?<> Desde robôs que atuam na montagem até impressoras 3D para produzir peças, a Nissan faz uso da tecnologia para aumentar a precisão, agilidade e segurança em seus sistemas de produção.
América do Sul – Braços dos gigantes de aço e mãos humanas se intercalam em uma coreografia ordenada e precisa. Se existe um slogan para representar a Nissan mundialmente é Innovation that Excites. E esta inovação que emociona se reflete desde o início do processo de produção, em suas duas plantas na América do Sul. Nelas, a automatização de tarefas específicas permite várias melhorias, com destaque para a otimização dos tempos de produção e o aumento da segurança nas plantas, não apenas no processo produtivo, mas também nas tarefas dos operários da manufatura.
Esta eficiência foi obtida com a incorporação de robôs que interagem com os humanos. Atualmente, a Nissan emprega em suas plantas da Argentina (Córdoba) e do Brasil (Resende, Rio de Janeiro) 208 robôs, 524 veículos autoguiados (AGVs), tablets nos postos de trabalho dos operadores, treinamentos com realidade virtual e impressoras 3D, que contribuem para melhorar e muito a atividade produtiva.
Quais são e como funcionam estas tecnologias? Veículos Guiados Automaticamente (AGVs). Estes pequenos robôs autoguiados movimentam carros de peças e plataformas, fazendo com que a operação seja mais segura e silenciosa. Este sistema também permite flexibilidade para modificações e melhorias, pois os AGVs leem fitas magnéticas no piso para se deslocar, cuja posição e extensão podem ser facilmente alteradas. A Nissan conta com 365 AGVs na fábrica Santa Isabel da Argentina e 159 AGVs em Resende (RJ).
Impressoras 3D para produzir peças. Com o objetivo de aumentar a produtividade e oferecer mais segurança e economia na linha, estas impressoras personalizam as peças de acordo com as necessidades específicas de cada área.
Robôs. Tanto em Resende como na Fábrica Santa Isabel, os robôs são utilizados na linha de produção para realizar trabalhos que requerem muita precisão ou podem representar um risco para a segurança ou ergonomia dos colaboradores.
Um dos exemplos mais concretos é o robô que manipula com agilidade e precisão os tetos dos veículos, que pesam dez quilos em média. E como isso é feito? Primeiro, ele coloca o teto sobre uma plataforma para em seguida montar a peça sobre a carroceria, finalizando a tarefa com a aplicação de 10 pontos de solda. Tudo isso em apenas 85 segundos. Como resultado, os operários têm um controle mais efetivo dos processos produtivos na área de carroceria da fábrica.
A incorporação dos robôs na área de pintura plástica é outro exemplo de trabalho em equipe com humanos. O primeiro passo é dado pelos operários nas peças dos veículos, as quais seguem seu trajeto para a aplicação da base. Os robôs dão cor e personalidade às peças, uma etapa anterior à aplicação do verniz. Estas três etapas de pintura são realizadas em sequência e não é necessário que as peças sequem entre uma aplicação e outra, graças a um sistema automatizado chamado de “3WET” (úmido sobre úmido). Assim, o processo é mais sustentável, seguro e produtivo, pois permite reduzir o consumo energético e a perda de material.
Digitalização: a chave da aceleração — A digitalização dos postos de trabalho (Digital Workstation) permite que os supervisores de produção acessem todas as informações relacionadas à produção (quantidade, qualidade, manutenção) em tempo real, facilitando e acelerando as decisões para minimizar pontos de atenção no processo.
Já a digitalização da logística de aprovisionamento oferece eficiência, por meio de sistemas interconectados com fornecedores para otimizar os estoques ou os sistemas industriais de ajuda aos operadores, para a seleção e sequenciamento das peças de cada um dos produtos a serem produzidos.
A incorporação de tecnologias nas plantas da Nissan na América do Sul demonstra como a inovação impulsiona a montadora a melhorar seus processos de produção, com ainda mais precisão, agilidade e segurança nas fábricas. Esta estratégia não se limita apenas aos complexos industriais, refletindo-se também nos processos comerciais e no produto final: os veículos.