O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) anunciaram no dia 13 de dezembro (quarta-feira) novos contratos de subvenção econômica destinados à indústria aeroespacial brasileira.
Serão destinados recursos da ordem de R$ 375 milhões a dois projetos de Veículo Lançador de Nano e Microssatélites e R$ 119 milhões ao desenvolvimento de novas soluções de mobilidade urbana com eVTOLs.
Os investimentos foram anunciados em solenidade com as presenças da ministra Luciana Santos, do presidente da Finep, Celso Pansera, e do diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB), Rodrigo Leonardi.
A Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) esteve representada pelo vice-presidente José Serrador Neto, que também é vice-presidente de Relações Institucionais da associada Embraer. Ele destacou que o momento —representa um marco no desenvolvimento tecnológico do setor aeroespacial brasileiro—.
—Manter uma cadência das subvenções à inovação contribui para o engajamento da mão de obra do setor aeroespacial, que é altamente qualificada, e para a retenção de cérebros no Brasil — afirmou.
Os investimentos, somados aos que haviam sido anunciados pelo MCTI e pela Finep durante a solenidade de comemoração dos 30 anos da AIAB, em maio deste ano, totalizam cerca de R$ 855 milhões em aporte governamental para as indústrias aeroespaciais.
—Agradecemos ao MCTI pelo voto de confiança à indústria aeroespacial brasileira, que tem apresentado resultados expressivos em resposta a investimentos públicos realizados no setor ao longo de sua história. Parabenizamos a ministra Luciana e sua equipe que, assessorados pela Finep, suplementaram recursos do FNDCT que viabilizaram a contratação de mais de uma proposta desses editais —disse o presidente da AIAB, Julio Shidara.
A busca por políticas contínuas de fomento à inovação no setor aeroespacial é uma pauta permanente da entidade – são ações com repercussão não somente na indústria, mas também no desenvolvimento econômico, educacional e tecnológico do país como um todo.
Entre os impactos mais relevantes estão a cooperação entre empresas e Instituições Científicas e de Inovação Tecnológica, geração de empregos e fortalecimento da competitividade da indústria aeroespacial brasileira, garantindo a autonomia do Brasil em tecnologias estratégicas.
Os projetos —Os novos contratos foram definidos por meio de seleção pública da Finep, e duas associadas da AIAB, Cenic e Xmobots, lideram projetos vencedores (que terão a participação de empresas coexecutoras).
A Akaer e a associada Cenic terão a missão de desenvolver veículos lançadores de nano e microssatélites, uma nova fronteira tecnológica para o Brasil, que depende atualmente de veículos de outros países para levar estes equipamentos ao espaço. Apenas 13 nações dominam essa tecnologia, essencial para a soberania de um país com enorme peso em setores como defesa, telecomunicações e monitoramento ambiental.
A associada Xmobots lidera o terceiro contrato, destinado ao desenvolvimento de novas soluções de mobilidade urbana com aeronaves autônomas (eVTOLs).