Muito se falou, e nada de efetivamente claro vai acontecer.
Nesta conferência, COP 28, podemos considerar que onde foi realizada já mostra uma contradição com tudo que está ocorrendo no planeta atualmente.
Dubai, lindo país, mas um dos maiores produtores de petróleo que não tem intenção alguma de diminuir sua produção em tão pouco espaço de tempo.
Pessoas deste governo já se pronunciaram até com certo ceticismo sobre as mudanças climáticas.
Muitas previsões citadas em outras COP, como enchentes e aquecimento global, indicavam um futuro nebuloso e até certo ponto, levando em conta modelos matemáticos e meteorológicos, teríamos nos próximos anos possibilidade de catástrofes.
Mas, se assim podemos dizer, o futuro já chegou, enchentes até no deserto como ocorreu nos EUA, temperaturas acima de 50 graus celsius, nevascas com características apoteóticas.
Não estamos falando de um local ou outro, mas o planeta todo.
O El Niño tão comum, que não é mais surpresa para ninguém, chegou desta vez a aquecer o mar em dois graus celsius, e com a camada de poluição que temos hoje no planeta, estamos observando uma catástrofe atrás da outra.
Na COP, nem a comissão encarregada para os estudos de viabilização financeira das catástrofes conseguiu consenso para deliberação financeira.
Todos os países reconheceram os problemas mundiais emergentes, mas como em outras COP, os principais poluidores se eximiram de compromissos peremptórios, como assumir que diminuirão sua emissão de poluentes em curto prazo de tempo.
O Brasil, sempre na mira dos comentários, principalmente pelo desmatamento da Amazônia, tenta por todos os lados trazer recurso para aumentar o controle na área e desenvolver projetos que tirem dali os exploradores inconscientes.
O interessante é que temos COP todo ano, e por falar nisso provavelmente em 2030 será no estado do Pará. Todo ano é falado, discutido, apresentado números cada vez piores, muto se escreve, mas nada que faça com que poluidores substanciais deixem seu modelo de ganhar dinheiro.
Para potências econômicas, temos a impressão clara de que só quando forem obrigados a mexer no bolso é que começarão a mudar algo.
Nesta COP, está sendo discutido os problemas econômicos gerados em todos os produtores de alimentos pelo mundo.
Toda população do planeta sofre com secas, enchentes ou nevascas que acabam com a produção normal de alimentos.
Isto é uma realidade, temos isto claramente no Sul do Brasil com as enchentes, sem contar com a seca no Pantanal que já deteriorou boa parte do Cerrado.
Isto não é uma premonição, mas a COP vai acabar, muito se falou, e nada de efetivamente claro vai acontecer, continuaremos com enchentes e outros desastres climáticos, pois mudar a forma de negócio não tão simples assim, principalmente para os países que vivem do modelo atual, e no fundo se preocupam mais com guerras, e possível conflitos que podem prejudicar seu modelo econômico.
. Por: Rogerio Aparecido Machado, mestre em Saneamento Ambiental, doutor em Saúde Pública e docente de Química na Universidade Presbiteriana Mackenzie. | *O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie. | A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi eleita como a melhor instituição de educação privada do Estado de São Paulo em 2023, de acordo com o Ranking Universitário Folha 2023 (RUF). Segundo o ranking QS Latin America & The Caribbean Ranking, o Guia da Faculdade Quero Educação e Estadão, é também reconhecida entre as melhores instituições de ensino da América do Sul. Com mais de 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pela UPM contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.