No coração da revolução tecnológica do século XXI, uma comparação ousada e inspiradora surgiu: “os dados são o novo petróleo”. Essa analogia tem sido cada vez mais relevante à medida que o mundo se aprofunda na era da informação. Os dados estão se tornando uma fonte inestimável de inovação, eficiência e crescimento econômico, alimentando uma nova era chamada de Mundo Open.
Diferentemente do petróleo, que é um recurso finito e físico, os dados são virtualmente ilimitados. Cada clique, busca na internet e transação online gera uma montanha de informações que podem ser exploradas e analisadas. Isso cria um potencial incrível para entender melhor processos, aprimorar operações e tomar decisões mais informadas. É uma riqueza virtualmente infinita à nossa disposição.
No entanto, assim como o petróleo bruto precisa ser refinado para se tornar útil, os dados também precisam ser processados e interpretados. Isso exige equipamentos de processamento de dados avançados e, talvez ainda mais importante, a mente humana por trás das análises. O Brasil tem feito progressos notáveis nessa área, com investimentos em tecnologia e educação para impulsionar a mineração de dados.
A inteligência artificial (IA) emerge como uma peça central dessa revolução. A IA é movida por dados, e é por meio da análise de grandes volumes de informações que as máquinas podem aprender, tomar decisões e realizar tarefas de maneira eficiente. É a combinação de dados, poder computacional e IA que está impulsionando o Brasil para o futuro da economia 4.0.
No entanto, essa abundância de dados levanta questões cruciais sobre privacidade e segurança. O Brasil adotou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para proteger a privacidade dos cidadãos enquanto permite o uso responsável dos dados. Equilibrar o acesso aos dados com a proteção da privacidade é uma tarefa desafiadora, mas essencial na economia moderna.
Além disso, há um desafio de conscientização. Os dados são uma riqueza muitas vezes invisível, escondida dentro de computadores e servidores. As empresas têm a responsabilidade de educar o público sobre o valor dos dados, como eles podem se beneficiar deles e como a economia como um todo prospera quando os dados são usados de maneira eficaz.
O aspecto mais fascinante do mundo dos dados é sua capacidade de gerar riqueza sem causar impactos ambientais. Diferentemente de recursos naturais que precisam ser extraídos e processados fisicamente, os dados fluem virtualmente sem limites. Isso torna possível melhorar processos, otimizar recursos e impulsionar a eficiência sem explorar fisicamente o ambiente.
Os dados são, de fato, o novo petróleo da era digital. Eles são o combustível que alimenta a inovação, a eficiência e o crescimento econômico. O Brasil está avançando de forma impressionante nesse cenário, com a LGPD para proteger a privacidade e uma crescente conscientização sobre o valor dos dados. À medida que entramos mais profundamente no mundo open dos dados, é essencial continuar investindo em tecnologia e educação para colher os benefícios dessa riqueza virtualmente infinita enquanto protegemos nosso ambiente e nossa privacidade. O futuro da economia é movido por dados, e o Brasil está na vanguarda dessa transformação.
. Por: Lígia Novazzi, COO & Sócia da Teros.