Demonstra importância do avanço da ciência e do conhecimento na cafeicultura.
O Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras que ocorreu de 24 a 27 de outubro(terça a sexta-feira), em Caxambú-MG, na sua 47ª edição. O encontro tem como objetivo reunir equipes de técnicos ligados à pesquisa e à difusão de tecnologias para discutir e divulgar as inovações obtidas nos últimos anos, visando melhorias para o setor cafeeiro. O Conselho Nacional do Café (CNC) esteve presente na abertura do evento, sendo representado pelo presidente da entidade, Silas Brasileiro, pelo conselheiro Francisco Sérgio de Assis, e pela secretária -executiva, Márcia Chiarello.
O Congresso é promovido pela Fundação Procafé, pelo Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, pela Secretaria de Estado de Agricultura de Minas Gerais, pela Universidade de Uberaba (Uniube) e pela Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Na programação, houve a apresentação de pesquisas recebidas de técnicos de diversas instituições e regiões do país. Mais de 300 trabalhos foram apresentados, apontando resultados de estudos sobre os diversos setores da cultura cafeeira. Também foram realizados três seminários, debatendo assuntos como as novas variedades de cafeeiros, a irrigação em cafezais e o uso de herbicidas nas lavouras de café.
Fundação Procafé — Reconhecida a nível mundial por seus trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e difusão de tecnologias cafeeiras, a Fundação Procafé é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por cooperativas agrícolas, cooperativas de crédito, sindicatos e associações. Trata-se de uma Fundação que tem como objetivo principal, dar suporte ao desenvolvimento tecnológico da cafeicultura nacional, mantendo-a na liderança mundial do setor cafeeiro.
Silas Brasileiro ressalta que a Fundação Procafé tem lugar de destaque na pesquisa cafeeira nacional. —Acreditamos que a pesquisa e o conhecimento transformaram o Brasil na grande potência mundial na produção de café. A Procafé está intimamente ligada a esse sucesso. Acompanhamos com entusiasmo seu crescimento. Ela é gerida por pessoas do mais alto gabarito, os quais fazemos questão de destacar pela competência e capacidade, dedicados à cafeicultura, como Nilson Andrade, presidente do Conselho Curador; José Edgard Pinto Paiva, diretor-presidente;, Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro, diretor -secretário; Renato José de Melo, diretor -administrativo -financeiro; João Marcelo Oliveira de Aguiar, superintendente executivo; José Braz Matiello, engenheiro agrônomo – pesquisador; Saulo Roque de Almeida, engenheiro agrônomo – pesquisador, além dos demais colaboradores—.
Silas lembrou ainda que o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) tem sido um grande agente fomentador de pesquisa no Brasil. —O investimento realizado para universidades públicas e particulares, o apoio contínuo do Fundo que aportou recursos na ordem de R$ 400 milhões de reais nos últimos anos através da Embrapa Café, e atuação constante de entidades estaduais (Emateres, Fundaccer, Centros de Excelência do Café – Machado, Patrocínio, Varginha e Viçosa) e privadas (Procafé), resultou no desenvolvimento de variedades de café mais resistentes a doenças e condições climáticas adversas—.
Em agosto passado, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a disponibilização de R$ 40 milhões no orçamento de 2024 do Funcafé para fortalecer as atividades de pesquisa e promoção do café no Brasil e no Mundo.
Homenagem —Durante o evento, o presidente da monteCCer e da Fundação para o Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer), Francisco Sérgio de Assis, conselheiro do CNC, foi agraciado com a Medalha do Mérito Cafeeiro.
Essa honraria é concedida a pessoas que se destacam por suas significativas contribuições para o aprimoramento da cafeicultura.
—A homenagem ao Serginho foi mais do que justa. Não há na cafeicultura brasileira quem discorde de que ele é um dos maiores responsáveis pelo avanço da pesquisa e do conhecimento na produção de café do Brasil. Seu entusiasmo e dinamismo fizeram com quem alcançássemos hoje patamares inimagináveis a alguns anos atrás— elogiou Silas Brasileiro.
Além de Francisco Sério de Assis, outras 15 personalidades e técnicos que trabalham pela cafeicultura foram homenageados. No último dia de evento, foi realizado um Dia de Campo com a demonstração de resultados na Fazenda Experimental de Varginha.