Em relação ao trimestre anterior do ano, houve alta de 218%, mas comparado ao mesmo período do ano passado houve queda de 36%. Em reais a soma no trimestre é de R$ 13,86 bilhões. Já o Ebitda teve alta de 12% ano/ano e, ante o trimestre anterior, 8%.
A mineradora brasileira Vale divulgou seus resultados do ano e, terceiro trimestre de 2023, no dia 26 de outubro (quinta-feira), onde destaca que o Ebitda ajustado proforma de operações continuadas de US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 12% ano/a e 8% ano/trimestre. O Ebitda do negócio Iron Solutions aumentou 18% ano/ano e 13% trimestre/trimestre, principalmente devido aos maiores preços realizados e volumes de vendas de minério de ferro.
O custo caixa C1 do minério de ferro ex-compras de terceiros diminuiu 7% trimestralmente, atingindo US$ 21,9 toneladas, no caminho certo para cumprir a orientação de US$ 21,5 – 22,5 toneladas para o ano.
Fluxo de caixa livre operacional de US$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, representando um Ebitda em conversão de caixa de 25%.
Alocação disciplinada de capital — Despesas de capital de US$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre, incluindo crescimento e investimentos sustentáveis, US$ 0,3 bilhão maiores em relação ao ano anterior, resultantes principalmente do progresso contínuo de projetos importantes, como Serra Sul 120 Mtpa, Capanema, Expansão da Mina Voisey’s Bay e Salobo III.
Dívida bruta e arrendamentos de US$ 14,0 bilhões em 30 de setembro de 2023, estável trimestralmente.
Dívida líquida expandida de US$ 15,5 bilhões em 30 de setembro de 2023, US$ 0,8 bilhão maior em termos trimestrais, refletindo principalmente juros sobre capital pagos aos acionistas no trimestre.
Criação e distribuição de valor — Juros sobre capital próprio de US$ 1,7 bilhão pagos em setembro, como parte da Política de Remuneração aos Acionistas.
Alocação de US$ 0,5 bilhão como parte do terceiro programa de recompra do trimestre. Na data deste relatório, o terceiro programa de recompra estava 72% concluído, com US$ 5,5 bilhões usados para recomprar 360 milhões de ações 1 .
Hoje, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de US$ 2,0 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, previstos para serem pagos em 1º de dezembro (sexta-feira).
Além disso, o Conselho de Administração aprovou um quarto programa de recompra para recomprar até 150 milhões de ações nos próximos 18 meses. O novo programa cobrirá essencialmente as ações remanescentes do terceiro programa de recompra.
—Continuamos a fazer progressos significativos em nossas prioridades estratégicas e de negócios.
Na Iron Solutions, continuamos no caminho certo para cumprir as orientações, com aumento de produção no acumulado do ano, melhoria da qualidade média e redução da lacuna entre produção e vendas no trimestre. Em Metais de Transição Energética, estamos avançando na revisão de ativos para alcançar a excelência operacional. A transição da mina de Voisey’s Bay para subterrânea e as atividades de manutenção apoiarão o desempenho sustentável dos ativos. No Cobre, o sucesso do ramp-up de Salobo III contribui para uma produção total mais elevada e custos unitários mais baixos. Estamos avançando em direção aos nossos objetivos de longo prazo, iniciando testes de carga em nossa primeira planta de briquetagem e assinando dois novos contratos para desenvolvimento de Mega Hubs. Concluímos também a descaracterização do Dique 2, e o nível de emergência da barragem B3/B4 foi reduzido para 1, em linha com nosso novo arcabouço de gestão de barragens estabelecido em 2019. Continuaremos entregando nossa estratégia para tornar a Vale referência na criação e compartilhar valor com todos os nossos stakeholders — comentou Eduardo Bartolomeo, diretor -presidente.
Focando e fortalecendo o núcleo.: Fornecendo soluções de ferro: . Foi assinada, em setembro, carta de intenções com a Essar para fornecimento de aglomerados de minério de ferro para o projeto Green Steel Arabia, na Arábia Saudita. A Vale fornecerá 4 Mtpa de aglomerados de minério de ferro para a rota de redução direta, que serão produzidos no Mega Hub da Arábia Saudita, no caso de briquetes, e em Omã ou no Brasil, para pelotas.
. Em setembro foi assinado acordo com a H2 Green Steel para estudar conjuntamente a viabilidade de desenvolvimento de polos industriais verdes no Brasil e na América do Norte. Esses hubs terão como foco a produção de produtos de baixo carbono, incluindo hidrogênio verde e ferro briquetado a quente (HBI), utilizando briquetes de minério de ferro produzidos pela Vale como matéria-prima e eletricidade renovável como fonte de energia para sua produção de hidrogênio.
. Foi anunciado em setembro um MoU com o Porto do Açu para estudar conjuntamente o desenvolvimento de um Mega Hub no porto localizado em São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, para produzir HBI (ferro briquetado a quente) pela rota de redução direta. . O Mega Hub receberá inicialmente pelotas da Vale e poderá, futuramente, incluir no local uma planta de briquetagem de minério de ferro para abastecer a rota de redução direta do complexo industrial.
Avançando no pipeline do projeto: . Aprovação do desenvolvimento da mina Pomalaa2 em outubro, marcando um passo significativo para o crescimento do negócio de Metais de Transição Energética. O investimento na mina é de US$ 925 milhões. A mina fornecerá alimentação para o projeto da planta HPAL, uma colaboração tripartida entre PTVI, Huayou e Ford Motor Company. O projeto Pomalaa terá uma capacidade global de produção de até 120 ktpa de níquel na forma de precipitado de hidróxido misto e deverá entrar em operação em 2025.
. Os testes de carga foram iniciados como parte do comissionamento da primeira de duas plantas de briquetagem de minério de ferro em Tubarão. Após o ramp-up, a capacidade combinada das duas plantas atingirá 6 Mtpa. Os briquetes ajudarão na redução das emissões de gases de efeito estufa da indústria siderúrgica.
Promoção da mineração sustentáveis — Em outubro, a barragem B3/B4 teve seu nível de emergência reduzido para 1. O avanço no processo de descaracterização da barragem B3/B4, com a retirada de cerca de 85% do conteúdo do reservatório, melhorou as condições de estabilidade da barragem e facilitou a redução do nível de emergência, conforme exige a legislação vigente.
Conclusão da descaracterização do Dique 2, localizado na mina Cauê, 13ª estrutura do nosso Programa de Descaracterização de Barragens a montante a ser eliminada. A descaracterização das 17 estruturas restantes a montante está em andamento dentro do prazo acordado com as autoridades, enquanto continuam a ser monitoradas permanentemente pelos Centros de Monitoramento Geotécnico da Vale.
Um acordo de longo prazo entre a Vale Base Metals e a BluestOne, assinado em outubro, buscará reaproveitar resíduos no Brasil e promover a mineração circular. O acordo prevê a compra de 50 ktpa de resíduos das operações de Onça Puma, no Pará, pelos próximos dez anos, para produção de fertilizantes de baixa emissão de carbono.
Um protocolo de intenções com a Petrobras foi assinado em setembro, para avaliar conjuntamente as oportunidades de descarbonização, incluindo o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis — como hidrogênio, metanol verde, biobunkers, amônia verde e diesel renovável — e tecnologias de captura e armazenamento de CO2.
A Vale estabeleceu uma nova meta de reduzir o uso de água doce por tonelada de produção em 7%, em média, até 2030. Essa meta representaria uma redução total de 27% (linha de base 2018), juntamente com a redução de 20% já alcançada3, e considera cenários de estresse hídrico nas áreas onde possuímos unidades, a implementação de processos de gestão hídrica mais rígidos e a execução de um plano de engajamento estruturado.
Referente ao 3º programa de recompra de abril de 2022 de um total de 500 milhões de ações.
A PTVI detém 100% da mina e tem opção de compra para adquirir até 30% do projeto HPAL após conclusão mecânica.
Nossa meta anterior era reduzir a retirada de água doce para nossos processos produtivos em 10% até 2030. Em 2021, já alcançamos uma redução de 20% desde o ano base, superando nossa meta.