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27/10/2023

Feira da OTC Brasil avança como polo internacional das discussões

Sobre transição energética e reúne players globais do mercado.

Além de ter expectativas de aumentar em 40% o número total de participantes, comparado à última edição, a OTC Brasil 2023, avança como o polo internacional das discussões sobre transição energética, energia renovável e soluções em descarbonização. Com uma área de exposição de 9.400m², as mais de 180 empresas exibem na feira os seus projetos de inovação sustentáveis para o setor de energia como um todo, e não só o de óleo e gás.

—Estamos realizando um evento que não pertence só ao setor de Óleo e Gás, mas ao setor de Energia. Transversalidade e integração estão no horizonte do mercado de eventos, que reúnem as melhores ideias dos players do setor. Aqui, o público acessa cases sobre o futuro da energia desenvolvido por parceiros como TotalEnergies, Porto do Açu, ExxonMobil, bp, Ambipar, Repsol Sinopec e muitos outros —afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP.

Graças à expertise do Instituto, o público ganha um encontro internacional robusto para o setor: só nos dois primeiros dias da OTC, foram recebidas mais de 15 mil pessoas – o equivalente ao número total da edição de 2019 -, com expectativa de alcançar mais 6 mil até o encerramento. Serão participantes de 69 países e 114 palestrantes nacionais e internacionais, que evidenciam a diversificação cada vez maior dos atores do mercado e com foco em recursos sustentáveis. Abaixo, alguns destaques da feira nesta edição de 2023:

IBP —Com foco em ampliar o debate sobre descarbonização, o IBP lançou a Arena de Descarbonização e Tecnologia, um espaço que mostra as iniciativas atuais e inspira a criação e aceleração de programas nesse contexto. —Pensamos essa área para compartilhar o que a indústria já está fazendo para contribuir com uma matriz energética cada vez mais descarbonizada, liderando projetos concretos e impactantes —explica Victor Montenegro, gerente- executivo de Eventos e Novos Negócios do IBP.

Na programação da Arena, estão sendo trabalhados temas como, por exemplo, as contribuições da Noruega para a descarbonização para o setor marítimo no Brasil, a jornada Net Zero no setor de O&G e o futuro da energia eólica offshore.

Ambipar — Em seu espaço, a Ambipar Group, multinacional brasileira líder em gestão ambiental, compartilha com o público o compromisso com o desenvolvimento sustentável da economia e a melhoria contínua dos indicadores ESG de seus clientes. Por meio da vertical Ambipar Response, a companhia atua no gerenciamento de crises, serviços industriais e respostas a emergências com uma equipe de especialistas internacionalmente certificada para atuar de forma simultânea, escalável e padronizada.

Para o CEO da Ambipar Response, Rafael Espírito Santo, estar presente na OTC Brasil é uma oportunidade ímpar de evidenciar ao mercado global o portfólio variado de soluções da companhia. “Contamos com recursos de apoio marítimo de combate ao derramamento de óleo, equipes formadas por biólogos, oceanógrafos, geólogos e engenheiros para a reabilitação de fauna e flora, licenciamentos, estudos de riscos, programas de monitoramento ambiental e resposta a emergências. Nossas soluções se complementam para proteger e preservar o meio ambiente”, afirma. Além do patrocínio da Ambipar Group na OTC Brasil, a companhia realiza a compensação das emissões de carbono de todo o evento por meio da Ambify.

Bp —Presente há 50 anos no Brasil com um portfólio diversificado que inclui biocombustíveis, combustíveis de aviação e marítimos, exploração em upstream, gás natural, trading e energia solar, distribuídos entre operações próprias e joint ventures, a bp reforça para os congressistas que acredita no grande potencial brasileiro a ser explorado com a transição energética. —Nossa estratégia em Upstream é produzir o que denominamos hidrocarbonetos resilientes e a nossa visão é de que precisamos focar em uma produção de óleo e gás de alta qualidade com redução de emissões e, ao mesmo tempo, buscar novas oportunidades em negócios de baixo carbono— afirma Angelica Ruiz, Vice-Presidente Sênior para América Latina e presidente da bp no Brasil.

Porto do Açu — Mauro Andrade, diretor de Novos Negócios do Porto do Açu, reforça como o setor petrolífero e offshore tem papel fundamental em garantir a transição. —Em nossa área aqui na OTC trabalhamos com uma amplitude de temas, além do óleo e gás. Estamos falando sobre sistemas elétricos inteligentes, energias renováveis, sobre sinergia entre os futuros projetos de offshore wind e a área de óleo e gás —afirma Mauro ao defender a expansão do escopo durante a OTC. Ele explica que, para os próximos 10 anos, serão investidos R$ 20 bilhões em projetos inovadores, sendo que metade deve ir para projetos relacionados à transição como, por exemplo, hidrogênio verde, produtos manufaturados e descarbonização da siderurgia.

O executivo também compartilhou para onde a companhia está olhando. —Ainda somos um hub de óleo e gás e de mineração, mas nossa ambição, já bem detalhada, é ser um porto-indústria da transição energética — disse. Para alcançar esse objetivo, a Porto do Açu se baseia em ações concretas como, por exemplo, uma planta de geração solar fotovoltaica dentro do porto; estudos para construir projetos pilotos de geração de hidrogênio verde e outros.

Innovation Norway — Raquel Filgueiras, advisor América Latina para os setores de O&G e Naval na Innovation Norway, que é a agência governamental norueguesa dedicada à promoção de exportações, explica que a instituição apresenta na OTC as iniciativas voltadas à inovação e práticas empresariais sustentáveis por meio de sete empresas que estão presentes no estande da entidade. —A cooperação técnica e científica entre Brasil e Noruega pode contribuir para o desenvolvimento e pesquisa de tecnologias relacionadas a combustíveis marítimos verdes, fomentando a troca de conhecimento e experiências, e promovendo avanços conjuntos no campo da energia limpa no setor naval —relata a executiva.

Além disso, pautada em seu know-how offshore, a Innovation Norway promoveu um painel na Arena de Descarbonização do IBP para debater o estudo sobre “Alternativas de Descarbonização no setor marítimo no Brasil: contribuições da Noruega”, que contou com a moderação da Diretora Executiva de Downstream do IBP, Valéria Lima, e com painelistas como o Diretor Executivo para o Brasil da Associação Norueguesa de Armadores (ABRAM), Ricardo Fernandes; o Gerente de Desenvolvimento de Novos Negócios para a América Latina da DNV, Jonas Mattos, e da Senior Fellow do CEBRI, Rafaella Guedes. Eles discutiram os investimentos em inovação e tecnologia, políticas de suporte e colaboração ao longo da cadeia de valor que serão essenciais para impulsionar a adoção de soluções de baixa emissão para embarcações.

TotalEnergies — A francesa TotalEnergies apresenta na feira da OTC o seu portfólio multienergético e as tecnologias no Brasil e no mundo direcionadas para novas energias e redução de emissões. —A feira nos permite discutir caminhos para uma transição energética sustentável, mostrando o quanto estamos focados em desenvolver tecnologias que viabilizem o aumento da produção e a redução de custos e emissão— destaca Charles Fernandes, diretor- geral da TotalEnergies no Brasil. —Anualmente, dedicamos, no mundo todo, cerca de US$ 1 bilhão em Pesquisa & Desenvolvimento e inovação. Só no Brasil, aplicamos mais de R$400 milhões em 80 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, sendo que quase 50% do total está direcionado para novas energias e redução de emissões— acrescenta.

Repsol Sinopec — Outro grande representante do setor, a companhia aproveita a OTC para divulgar seu projeto de descarbonização, baseado em pesquisa e desenvolvimento. —Queremos implementar no Brasil um hub de tecnologias para negativar as emissões. Apostamos na captura direta de carbono da atmosfera, com a implementação, ainda inédita na América Latina, do primeiro equipamento de captura direta de CO2 do ar, por meio de projetos conduzidos em parceria com a Universidade Católica do Rio Grande do Sul e com o Senai Cimatec —explica Cassiane Nunes, gerente de Suporte e Portfólio de Pesquisa da Repsol Sinopec.

A OTC Brasil terminou no dia 26 de outubro (quinta-feira), no Rio de Janeiro. A edição de 2023 conta com o patrocínio master da Petrobras; o patrocínio platinum da Shell e TotalEnergies; o patrocínio ouro da Ambipar, da bp, da Chevron, da Equinor, da ExxonMobil, da Prio e da RepsolSinopec Brasil; o patrocínio prata da Enauta, do Porto do Açu e da TechnipFMC; o patrocínio bronze da Corio Generation, da Perbras, da SBM Offshore, da Tenaris, da Tivit, da Quorum Software e da OceanPact; o patrocínio da Decarbonization & Technology Arena da Radix, da ASME, da TESS, da GE, da Huisman, da Innovation Norway, da PPSA, da Bratecc, da Shape e da Wams; apoio como operadora aérea oficial da United Airlines; a parceria oficial de compensação de carbono da Ambify; a ApexBrasil como parceira de Negócios Internacionais; a Blumar como agência de turismo oficial; a B&T como corretora de câmbio oficial; e parceiros como Abimaq, Brazil-Texas Chamber of Commerce, RedePetro ES, SPE Unifei e Norwegian Energy Partners. Além disso, o evento conta ainda com o apoio do Governo Federal.