Frequentadores de shoppings da região Sudeste são os que mais frequentam restaurantes com serviços na região Nordeste, são os que mais visitam o local por motivos de lazer, e na região Norte, são os que mais realizam pagamentos de compras via Pix. Levantamento apontou, também, que o frequentador da região Sul é o que mais visita um único shopping, enquanto o do Centro-Oeste é o que mais prefere ir ao empreendimento com veículo próprio.
A pesquisa O comportamento dos Frequentadores de Shopping Centers, elaborada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), destacou importantes aspectos comportamentais entre as diferentes regiões do país. O estudo foi realizado entre os meses de fevereiro e março deste ano, por meio de um painel online com 4.300 frequentadores de shoppings. Foram ouvidos frequentadores com mais de 17 anos dos 26 estados brasileiros + Distrito Federal, abrangendo mais de 240 cidades que abrigam pelo menos um shopping.
A região Sudeste do país destaca-se pelo percentual mais alto de público da geração prateada (37%), em comparação à média nacional (30%), considerado, em geral, o público de maior renda com presença nos empreendimentos. Entre as atrações mais procuradas por esse público, chama a atenção o fato de ser a região que mais frequenta restaurantes com serviços (84%) sendo que a média nacional é de 81%. Além disso, também representa o perfil que mais frequenta boliches (47%, contra 43% da média nacional) e teatros (35%, contra 30% da média nacional).
Na região Nordeste, aparece o percentual mais alto de público que frequenta semanalmente o shopping (49%, contra 44% da média nacional). Este, também, é o frequentador que mais vai ao empreendimento acompanhado por crianças de até 12 anos (50%, contra 46% da média nacional). A relação de lazer desse público com o shopping é a mais marcante. Esse é o que mais frequenta o local por motivos de lazer (38%, contra 31% da média nacional); o que mais utiliza espaços de recreação (52%, contra 47% da média nacional) e arena gamer (47%, contra 40% da média nacional). O frequentador do Nordeste também se destaca por frequentar mais o cinema mensalmente (66%, contra média nacional de 60%) e por passear com pets com mais frequência nos empreendimentos (34%, contra 30% da média nacional).
Já a região Norte é a que mais concentra o público da geração Z (52%, contra média nacional de 43%) e o que mais se desloca ao shopping por transporte pago (32%, contra média nacional de 17%). Além disso, é o cliente que mais paga suas compras via Pix(64%, contra média de 52%) e o que mais utiliza serviços de estéticas (53%, contra 49% da média) e laboratórios médicos (33%, contra média de 23%).
Na região Centro-Oeste destaca-se o percentual mais alto de frequentadores que vão ao shopping com veículo próprio (72%, contra média de 65%), e aqueles que vão ao shopping acompanhados pela família (72%, contra média de 68%).
A região Sul teve como destaque o alto percentual de clientes que exerce atividade remunerada (84%, contra média de 81%) e por ser o frequentador que mais frequenta um único shopping (30%, contra média nacional de 23%). Em termos de ida ao motivo por motivo de alimentação, este é o público que mais se destaca (26%, contra média de 21%).
Dados nacionais — Em relação ao âmbito geral da pesquisa, o estudo indicou que 53% pertencem ao gênero feminino e 47% ao masculino. Sobre escolaridade, 56% responderam que cursaram o ensino superior, 38% o ensino médio e 6% o fundamental. As faixas etárias predominantes são: 30 a 44 anos (27%), 20 a 29 anos (26%), 45 a 59 anos (18%), 17 a 19 anos (17%) e 60 anos ou mais (12%). Em termos de renda, 34% dos respondentes disseram receber até três salários -mínimos mensais (SM), 33% afirmaram receber entre 3,1 a 6 salários mínimo, 19% de 6,1 a 10 salário- mínimos, 7% de 10,1 a 15 salários-mínimos e 7% acima de 15 salários-mínimos.
Em termos de Hábitos e Comportamentos, o levantamento pontua que 24% consideram a localização como o fator mais importante na escolha do shopping e 22% optam pelo empreendimento a partir do mix de lojas. 46% dos consumidores preferem comprar em shopping por considerá-lo um local seguro e 36% o avaliam como um local prático para resolver as necessidades do dia a dia. 65% dos frequentadores vão ao shopping com veículo próprio e o tempo médio de permanência é de 80 minutos.
Em relação a Comportamento de Compras (Física e Online), 74% disseram pagar com cartão de crédito, 63% com débito e 52% já pagam via Pix. Dos respondentes, 75% costumam pesquisar preço online antes de ir a uma loja física. Sobre as preferências, 58% costumam comprar calçados no shopping e 54% vestuário.
Sobre Motivação para ir aos Shoppings, 43% dos consumidores se disseram incentivados a visitar os empreendimentos pelas Compras, 31% pelo Lazer, 21% pela Alimentação e 5% pelos Serviços.
A respeito da Conexão e Engajamento com os Shoppings, a pesquisa mostrou que 92% dos clientes estão satisfeitos com os shoppings que costumam frequentar e 35% possuem algum aplicativo de shopping no celular.
Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, essa pesquisa traz um robusto conhecimento sobre as preferências e hábitos do novo frequentador de shopping e, com isso, é possível proporcionar melhores experiências e facilidades para o seu dia a dia. —Conhecer mais profundamente os frequentadores e captar seus sentimentos e percepções são atitudes fundamentais para o setor de shopping centers, que foi extremamente resiliente durante a pandemia e que agora está retomando com força total seu papel no cotidiano das pessoas, através de experiências e conveniências que permitem ao consumidor se sentir confortável, seguro e realizar todas as suas atividades em um único lugar —comenta o executivo.
A pesquisa “O comportamento dos Frequentadores de Shopping Centers” está disponível em formato pocket, gratuitamente, no APP Abrace. Já o estudo na íntegra pode ser adquirido no site da entidade. Na versão completa, há informações sobre comportamentos pet e omnichannel, e dados segmentados por região brasileira e abertura de informações para 11 cidades e interior de São Paulo. Além disso, é possível consultar dados por renda, idade, influência das gerações Z e 50+, dinâmica das famílias com crianças de até 12 anos, entre outras