Implantação do Megamax nas principais rotas do mundo reforçará o reposicionamento de embarcações em cascata.
Um total de 62 navios Neopanamax (NPX) na faixa de tamanho de 13 mil a 16.550 TEUs entrarão em serviço ao longo de 2023. Esses navios representam uma capacidade de 928 mil TEUs ou 39% de toda a nova capacidade de transporte marítimo de contêineres a serem adicionados. para a frota este ano.
Segundo a Alphaliner , 15 navios (23,9%) estão afetos a diversos serviços Norte-Sul, correspondendo à rota Ásia – América Latina, nove navios; A África é responsável por três e o Médio Oriente e o subcontinente indiano outros três. A percentagem de nova capacidade NPX alocada aos serviços Norte-Sul deverá aumentar ainda mais, uma vez que 15 novos navios a serem entregues (24,4%) ainda não estão incluídos nos cronogramas globais. Porém, os nomes dos navios como “CMA CGM Bahía” ou “Cosco Shipping Brazil” sugerem que provavelmente ingressarão nos itinerários Ásia — América Latina.
Deve-se notar que a rota Extremo Oriente — Costa Oeste da América do Sul (WCSA) tornou-se uma área preferencial de implantação do NPX. Embora ainda existam quinze pequenos Panamaxes de 3.000 a 4.700 TEUs operados por Wan Hai (dez unidades), PIL (três) e Yang Ming (duas), o tamanho médio dos navios nesta rota é atualmente de 10.216 TEUs.
Dos 119 navios porta-contêineres que navegam atualmente entre a Ásia e a WCSA, 40 deles têm entre 13 mil e 16.550 TEUs de tamanho, incluindo dois Neo – Post-Panamax: o “CMA CGM Alexander Von Humboldt” de 16.020 TEU e o “Maersk Herrera” de 15.282. TEUs.
O maior navio porta-contêineres que atende os portos da WCSA é o NPX “MSC Chiyo”, de 16.550 TEU. Este navio navega como parte do serviço multioperado ‘Andes Express’, para o qual a MSC fornece dez navios de 13.050-16.550 TEUs. Enquanto isso, a ONE contribui com três navios de 10 mil a 11,9 mil TEUs para este serviço, enquanto a HMM e a Hapag-Lloyd participam com espaços.
O tamanho médio dos navios operados pela MSC nesta rota é atualmente de 13.743 TEUs. Essa capacidade média só é superada pela CMA CGM, que opera 12 navios com capacidade média de 14.733 TEUs por unidade.
A Maersk é a maior operadora nesta rota com 12 navios NPX, elevando a capacidade média da sua frota Ásia-WCSA para 11.781 TEUs.
MSC o Norte-Sul mais ativo — A MSC tem sido a companhia marítima mais ativa no direcionamento da capacidade NPX para as rotas Norte-Sul (nove navios até agora). No entanto, isto não é surpreendente, uma vez que a MSC está a encomendar o maior número de novos NPXs este ano.
Vale ressaltar que a MSC receberá 27 unidades NPX no total em 2023, seguida por Wan Hai (dez) e ZIM (sete).
ONE, Maersk e Hapag-Lloyd adicionam quatro NPX cada à sua frota este ano. A ONE está implantando esses novos navios sob a estrutura da Aliança no serviço Asia-Med ‘MD1’, enquanto a Hapag-Lloyd tem seus quatro NPXs frigoríficos de alta capacidade em serviço entre a Ásia e a América Latina.
Reposicionamento em cascata —Espera-se que os NPXs apareçam em várias rotas nos próximos anos. No dia 1º de setembro, globalmente, havia nada menos que 255 navios entre 12.500 e 17.000 TEUs em construção, representando 49% do total da carteira de pedidos.
Espera-se que os 58 navios Megamax de 23.000 a 24.346 TEUs encomendados conduzam um reposicionamento em cascata de igual capacidade NPX da Ásia-Europa para outras rotas assim que entrarem em serviço.
Atualmente, 30,5% de todas as embarcações ativas nas rotas Norte-Sul têm entre 12,5 mil e 15,2 mil TEUs, ante 19,6% em setembro do ano passado. Há dois anos esse percentual era de apenas 15,8%. | MM