Mas educadora financeira sugere cautela. Aline Soaper explica que, em paralelo, o nível de inadimplência dos brasileiros também cresceu, a projeção da inflação subiu para 3,89%, e diante das perspectivas econômicas para 2024, é preciso planejamento.
De acordo com a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, o mercado voltou a melhorar, o que aumenta a perspectiva do crescimento da economia brasileira neste ano. Ainda segundo o levantamento, analistas apontam uma expansão do Produto Interno Bruno (PIB) de 2,64% neste ano, contra 2,56% na semana anterior. Constituindo este panorama, no início de setembro o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que a economia brasileira teve um crescimento de 0,9% no segundo trimestre em comparação com os três meses anteriores, um aumento acima do esperado. Diante desse cenário, a educadora financeira Aline Soaper analisa que o crescimento traz otimismo, mas é preciso cautela para não acumular dúvidas. E mais: se organizar financeiramente para 2024.
—O sentimento de crescimento pode trazer entusiasmo para consumir mais, trocar automóvel ou financiar imóveis, mas é preciso fazer um planejamento para que o aumento no consumo não seja maior do que o crescimento econômico, o que pode aumentar o endividamento. As famílias devem aproveitar esse momento para criar uma reserva financeira de segurança, assim, caso aconteça algum imprevisto, a reserva poderá ser utilizada —alerta Soaper.
Com o crescimento maior do PIB, também foi elevada a previsão para a inflação: 3,89% para 2024. Dados do Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo(CNC), revelaram que o endividamento atingiu 77,4% das famílias brasileiras em agosto de 2023, o menor nível desde junho do ano anterior. Porém, o nível de inadimplência aumentou, encerrando o mês em 12,7%, representando um recorde em 13 anos.
—Para quem tem dívidas acumuladas nos últimos meses ou ano, a estratégia mais importante é quitar essas dívidas. Prorrogar a quitação das dívidas ou renegociar as parcelas, aumentará o valor total do pagamento final. Por isso é essencial que a pessoa pense em possibilidades para reduzir despesas e fazer uma reserva financeira e tenha uma fonte de renda extra, com foco específico para quitação de dívidas. Em seguida, busque a negociar para eliminar o valor total de cada dívida. Quando você tem uma reserva para pagar o total de cada dívida, você consegue negociar com as empresas credoras um desconto bem considerável, podendo conseguir até 80% de redução da dívida. Uma boa opção é aderir ao Desenrola Brasil para renegociar as dívidas —recomenda a educadora financeira Aline Soaper.
Aline Soaper, fundadora do Instituto Soaper, Aline Soaper é formada em Direito, com pós-graduação em Educação Financeira. Há oito anos, a carioca atua como educadora financeira e formadora de outros especialistas nesta área. Empreendedora desde os 17 anos de idade, Aline ensina as pessoas a aumentar renda, cuidar melhor do dinheiro e multiplicar através do empreendedorismo e investimentos. Atualmente o Instituto Soaper tem mais de 7 mil alunos em mais de 20 países, e leva a educação financeira para o mundo.