O Banco do Brasil demonstra que está em estágio adiantado na construção de soluções Drex, inclusive antecipando testes que ocorreriam apenas no mês de dezembro em todo o sistema.
O Banco do Brasil realizou, no dia 14 de setembro (quinta-feira), a primeira negociação de Título Público Federal tokenizado (TPFt) na rede piloto do Drex. A transação, feita em conjunto com o consórcio de cooperativas financeiras formado por Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred, representa mais um marco rumo à era das moedas digitais no Brasil.
A primeira negociação de compra e venda de TPFt na rede piloto do Drex aconteceu envolvendo dois ativos do Tesouro Direto. Num primeiro momento, o BB vendeu LFT (Letra Financeira do Tesouro) para o consórcio de cooperativas e, no momento seguinte, o consórcio vendeu LTN (Letra do Tesouro Nacional) para o BB.
BB e cooperativas também fizeram a primeira transação de transferência de Drex tokenizado entre clientes na rede. Os tokens saíram da carteira de um cliente do consórcio e foram sensibilizados na carteira de um cliente BB. Depois, o movimento inverso também aconteceu.
BB na vanguarda —O Banco foi uma das primeiras instituições participantes do piloto a homologar seu nó validador da rede do Drex, no dia 1° de agosto (terça-feira). Desde então, o Banco do Brasil vem realizando testes e obtendo resultados significativosenvolvendo a nova moeda.
As primeiras operações Drex da rede foram registrados na carteira do BB em 17 de agosto(quinta-feira), quando o Banco realizou a primeira transferência interbancária bem sucedida entre duas instituições financeiras. Banco do Brasil e o consórcio de cooperativas financeiras transacionaram tokens de Drex entre suas reservas, movimentando recursos da carteira de lá para o BB e, em seguida, do Banco para o consórcio.
O BB também realizou os primeiros testes entre bancos públicos com a Caixa entre os dias 30 e 31 de agosto(quarta e quinta-feira). E, depois, o teste mais recente foi realizado no dia 1º de setembro(sexta-feira), quando BB e BV puderam enviar e receber Drex através da rede. Desta forma, o Banco do Brasil demonstra que está em estágio adiantado na construção de soluções Drex, inclusive antecipando testes que ocorreriam apenas no mês de dezembro em todo o sistema.
—O Drex é mais uma iniciativa de sucesso, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização —diz Tarciana Medeiros, presidenta do BB. —Somos uma das instituições que mais investe em TI no Brasil. Além disso, temos atuação destacada em projetos conduzidos pelo Banco Central, como Pix e Open Finance. Com o Real Digital, com o Drex, não haveria de ser diferente— complementa.
O grupo de cooperativas financeiras explica que a parceria tecnológica, que envolve o blockchain, surgiu há pelo menos seis anos entre seus representantes e o BB. Para as cooperativas, criou-se uma via de mão dupla para testes e troca de informações, justamente porque a cooperação se mostrou a melhor maneira de implementar as novas tecnologias disponíveis para os clientes, no caso dos bancos, e para os cooperados, no caso delas.
Sob a coordenação do Banco Central, o piloto do Drex está sendo realizado em uma rede de testes, onde são simuladas diversas transações de emissão, transferência e resgate da moeda e de um Título Público Federal, por exemplo. Pioneiro em diversas soluções inovadoras e tecnológicas, o BB faz estudos sobre tecnologia blockchain desde 2015, implementando casos de uso desenvolvidos internamente e em parceria com entes externos. Agora, com o Drex, a expectativa é ampliar ainda mais a melhoria de serviços bancários, com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização.