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14/09/2023

Petrobras apresenta projetos eólicos offshore com capacidade total de 23 GW

E se tornar maior desenvolvedora de eólica offshore do Brasil. Companhia encaminhou pedido de licenciamento de projetos em dez áreas com potencial total de 23 GW.

A Petrobras passará a ser a empresa com o maior potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil em capacidade protocolada junto ao Ibama. A companhia encaminhou, junto ao órgão ambiental, pedido para iniciar o processo de licenciamento ambiental de dez áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore. Desse total, sete áreas estão na região Nordeste —três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão—; duas no Sudeste —uma no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo— ;e uma no Sul do país —no Rio Grande do Sul—. Somadas, essas áreas, que serão avaliadas, têm um potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade total de 23 GW.

O pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além dos projetos em parceria, a exemplo das áreas que estão sendo estudadas em conjunto com a Equinor, conforme divulgado em março deste ano. Esse tipo de solicitação junto ao Ibama não garante o direito sobre as áreas, o que deve acontecer somente após processo a ser conduzido conforme a regulação em discussão no âmbito do Congresso Nacional.

—Essa iniciativa marca a entrada efetiva da Petrobras no segmento de energia eólica offshore. E esse nosso passo é compatível com a grandeza da Petrobras. Estamos preparando a empresa para se tornar a maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Somos a empresa que mais detém conhecimento do ambiente offshore brasileiro e temos tradição em operações marítimas que podem trazer sinergias relevantes aos projetos de eólica offshore”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. “O desenvolvimento de projetos próprios em nada reduz o nosso interesse em desenvolver projetos em parceria, que poderão ser estabelecidas nessas mesmas áreas no futuro —continuou Jean Paul Prates.

A Petrobras já conduz a maior campanha de mapeamento eólica no Brasil. Em 2023, a empresa completa uma década de medições eólicas offshore e, conforme divulgado em 31 de agosto, está intensificando as campanhas de medição eólica em algumas locações no mar brasileiro, fundamentais para a avaliação da viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica offshore. É o caso, por exemplo, de seis plataformas localizadas em águas rasas no litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo.

Tecnologia de eólica flutuante — A área escolhida no estado do Rio de Janeiro apresenta um diferencial entre todas as outras já protocoladas junto ao Ibama para projetos de eólica offshore no Brasil. É a única posicionada em profundidade d´água maior que 100 metros, na qual não é possível utilizar fundações fixas, cravadas diretamente no solo marinho. Para esse caso, as instalações têm que ser flutuantes, semelhantes à tecnologia que vem sendo desenvolvida pela companhia em parceria com a USP, conforme divulgado em 10 de agosto deste ano.

—A tecnologia para eólicas flutuantes vem se desenvolvendo muito rapidamente e apresenta vantagens na sua construção e instalação, uma vez que pode ser montada em um porto, na costa, e rebocadas até o local de instalação, sem necessidade de embarcações específicas para instalação de aerogeradores no mar. A viabilização de projetos com estruturas flutuantes abrirá possibilidades de integração e fornecimento de energia para as nossas plataformas de produção — disse o diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Parceria com a Equinor — A Petrobras anunciou, em 06 de março deste ano, a assinatura de uma carta de intenções com a Equinor para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW.

O encaminhamento de pedidos de licenciamento ambiental para projetos próprios não interfere no desenvolvimento dos projetos em parceria com a Equinor, cujos trabalhos técnicos continuam sendo executados. O desenvolvimento de projetos em parceria com empresas com reconhecida expertise no setor continua sendo prioridade para a Petrobras.