Durante o Green Rio 2023, evento voltado à bioeconomia mundial, estado dá mais um passo em direção à conservação do principal cartão postal carioca.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas), avançou, no dia 31 de agosto (quinta-feira), em direção à conservação da Baía de Guanabara com a assinatura do decreto para o programa Guanabara Azul. O objetivo é promover uma governança integrada da Baía de Guanabara, a fim de garantir a melhoria ambiental do corpo hídrico. O documento foi assinado no primeiro dia do evento Green Rio, na Marina da Glória, Zona Sul da capital fluminense.
— Estamos aqui para trazer possibilidades de novas frentes de trabalho e, claro, de proteção ambiental para o estado. O Rio de Janeiro tem uma grande aptidão à bioeconomia, à sustentabilidade e à inovação — afirmou o governador em exercício e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Assinado na abertura do evento, o decreto cria o programa Guanabara Azul, que visa integrar setor público e privado, instituições de fomento nacionais e internacionais, comitê de bacia e demais atores interessados no combate à degradação ambiental da região hidrográfica.
O documento também prevê a criação do Centro Integrado de Gestão da Baía de Guanabara (CIG-BG), responsável pelo planejamento e coordenação de ações de recuperação da baía com uma governança compartilhada, interativa, coordenada e transparente.
Ainda durante a feira de sustentabilidade, a Seas assinou um acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. A parceria com a organização internacional prevê a contribuição de 150 mil euros do Estado do Rio de Janeiro para implementar um plano de ação e tornar o Rio de Janeiro uma Metrópole Azul.
—Para o evento é uma grande honra. Eu enxergo isso como uma oportunidade de promover globalmente essa iniciativa, que eu tenho que dar o crédito ao Thiago Pampolha e a Ana Asti. Eles dois conseguiram levar a cabo essa parceria com a OCDE e trazê-los ao Green Rio pessoalmente para assinar essa parceria, que tem um significado enorme, e que vai reverberar de várias maneiras— comemorou a coordenadora do Green Rio, Maria Beatriz Bley Costa.
O projeto busca apoiar o Governo do Estado na implementação de uma economia azul resiliente, inclusiva, sustentável e circular por meio de um estudo de caso aprofundado na área metropolitana do Rio de Janeiro, a ser coordenado, elaborado e divulgado como um documento político pela OCDE.11° edição do Green Rio.
O Green Rio é uma plataforma para negócios, inovação e pesquisa em bioeconomia e economia verde. O evento, que nasceu de um side-event da Rio+20, acontece junto ao Green Latin America e é um dos mais tradicionais da área ambiental no continente.
No primeiro dia, a Seas contou com painéis sobre educação ambiental, economia azul e cultura oceânica, além de explorar a temática baías e bacias a partir de um intercâmbio internacional de experiências e conhecimentos. O estande do órgão ambiental estadual ainda promoveu um podcast com participantes do Ambiente Jovem, maior programa de educação ambiental do país e capitaneado pela pasta.
Neste ano, a 11º edição do evento reuniu ao longo de três dias mais de 90 expositores como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Embrapii, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sebrae, INPI, além de empresas e indústria.
Em 2022, segundo a organização do evento, o Green Rio recebeu mais de 3,5 mil visitantes e gerou mais de R$ 4 milhões em negócios.