A remada perfeita, quatro anos de treinamento e muita dedicação conferiram ao profissional da Transpetro e paratleta Carlos Glenndel Moreira o terceiro lugar no Mundial de Paracanoagem em Duisburg, Alemanha. O paratleta integra a seleção brasileira paralímpica de canoagem e disputou na categoria VL1M200m.
Com uma árdua trajetória, Glenndel competiu no mundial em 2021 na Dinamarca, mas bateu na trave, ficando em quarto lugar, e retornou sem o pódio. Contudo, para ele esse foi o ano de aprendizado. —Eu precisei perder uma medalha em 2021 para pegar a experiência e a bagagem que ainda me faltava —afirma o paratleta. Após mais um ciclo intenso de preparação, o ano de 2022 veio com uma frustração: —Eu alcancei o índice desejado, peguei a convocação para o Centro de Treinamento da Seleção Brasileira no ano passado, me preparei, mas dez dias antes da competição fui cortado da relação final, por falta de verba da confederação —conta.
Para Glenndel, o maior desafio foi manter a cabeça no lugar para continuar correndo atrás de seu tão desejado pódio. E ele veio este ano, em uma disputa acirrada entre os atletas mais preparados do mundo. —Eu tinha o sexto melhor tempo da final e consegui superar quatro atletas e chegar ao pódio. Foi a remada perfeita— declara o profissional.
Mas esse é apenas o início de um sonho que vai se realizando. —Eu só tenho a agradecer a todos que lutaram e me fizeram chegar lá, ao presidente, aos assessores, às pessoas que se envolveram pessoalmente para que isso saísse do papel. É o só o começo. Vou continuar batalhando para ano que vem estar lá de novo em cima do pódio -—e mudando a cor dessa medalha— garante.