Uma alta de 0,02% ante a projeção anterior. A inflação deve fechar com 3,25% no ano, já para 2024 deve ser superior aos 3,87%.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano foi de 2,29% para 2,31%. A estimativa está na pesquisa do boletim Focus divulgada pelo Banco Central (BC), no dia 28 de agosto (segunda-feira).
Para 2024 a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,33%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.
No primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) —considerada a inflação oficial do país — foi mantida em 4,9% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o Banco Central, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%.
A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em julho, influenciado pelo aumento da gasolina, o IPCA foi de 0,12%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou acima das observadas no mês anterior (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%). Com o resultado, a inflação oficial acumula 2,99% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 3,99%, acima dos 3,16% acumulados até junho. (Da Agência Brasil).