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26/08/2023

Automação de destroca de botijões reduz carga de trabalho dos caminhoneiros no Porto de Suape

Por mês, a unidade destroca 1,2 milhão de botijões de cinco empresas de gás gerando maior produtividade no processo de envasamento e reduzindo muito o tempo de espera dos caminhoneiros.

Processando 1,2 milhão de permutas de vasilhames por mês, transportados por mais de 5 mil caminhões, o Centro de Destroca de Botijões de Gás (CDB), que começou a operar em junho e foi inaugurado oficialmente na manhã do dia 25 de agosto (sexta-feira) no pátio de triagem da Sulog, no Porto de Suape (PE), está possibilitando a redução da carga de trabalho dos caminhoneiros que atuam nesse segmento.

Isso porque os botijões vazios de diversas marcas, que chegam misturados nos caminhões que transportam esses vasilhames, estão agora sendo separados de forma automatizada antes de seguirem para envasamento nas companhias de gás que ficam instaladas no porto.

Em razão disso, o tempo de espera dos caminhoneiros foi muito reduzido. Em alguns casos, os profissionais do volante chegam a ganhar até três horas a mais por dia e estão podendo aproveitar melhor os fins de semana.

—A gente passava o dia todo para descarregar os botijões de outras empresas na companhia de gás e só dava para fazer uma viagem por dia”, afirma o caminhoneiro Victor Vicente, que transporta botijões de gás há 13 anos. Ele conta que antes não tinha hora para largar do trabalho e agora às 14 horas ele já pode ir para casa.

Antes da implantação do Centro de Destroca, a permuta de botijões era realizada manualmente em áreas descobertas no interior da área portuária onde trabalhadores informais manipulavam os botijões. Atualmente os botijões de cinco empresas de gás de cozinha estão utilizando os serviços do CDB que conta com 70 funcionários com registro em carteira.

Além do ganho de tempo, os caminhoneiros contam com a infraestrutura de apoio disponível do pátio de triagem, como oficina, borracharia, restaurante, sala descanso e um posto de combustível da Dislub que começou a funcionar nesta sexta-feira oferecendo preços atraentes para os caminhoneiros.

—Nós identificamos o problema existente e tiramos de dentro do porto público uma operação de descarga realizada manualmente de forma precária, que ocupava uma área portuária nobre e contribuímos para a humanização do trabalho— disse Manoel Ferreira, diretor da Sulog que ainda tem como sócios os empresários João Bacelar e Doca Lins.

—Hoje vocês são muito mais do que um pátio regulador, já estão oferecendo serviços extras e, com certeza, se já eram um exemplo antes para vários portos, vão passar a ser ainda mais não só para complexos portuários, mas também para cidades— ressaltou o presidente do Porto de Suape, Márcio Guiot.

As companhias de gás também estão sendo beneficiadas com a entrada em operação do CDB. Com a agilização do processo de destroca, as empresas têm ganho de produtividade no processo de envasamento.

—Quando os caminhões chegam no terminal gás, vão direto para o processo de carregamento evitando a necessidade de passar por uma operação de destroca— destaca Alex Pereira, gerente do terminal da Nacional Gás.

Implantada pela pernambucana Sulog em parceria com a Nova Fase, do Paraná, a Central de Destroca de Botijões não só é pioneira no Norte Nordeste, mas também é primeira do Brasil com automação.

Foram investidos no empreendimento um total de R$ 6 milhões, sendo R$ 5 milhões realizados pela Sulog nas instalações físicas numa área de 4 mil m² no interior ao seu pátio de triagem e mais R$ 1 milhão aportados pela Nova Fase em automação, sistema de esteiras, câmeras de monitoramento e estrutura operacional.

A Sulog faz parte do Grupo Agemar que, por meio de sua holding com sede no Recife, é especializada em soluções integradas de infraestrutura para operações portuárias, logística, armazenamento alfandegado, transporte marítimo, containers habitáveis e atividades afins em modelo inovador de infraestrutura as a servisse, operando em cinco estados brasileiros (SP, GO, PA, CE, PE, AP).

O Grupo Nova Fase atua no segmento de requalificação de vasilhames para GLP desde 1995 e possui atualmente 10 unidades que atendem parte da demanda de 22 estados realizando requalificação, manutenção e inutilização de vasilhames. O empreendimento em parceria com a Sulog não será requalificadora, funcionará apenas como centro de destroca de Botijões.