Valor foi subscrito em oferta pública de R$ 5,5 bilhões da Águas do Rio, para projeto de saneamento referente aos blocos 1 e 4 do Leilão da Cedae. Serão beneficiadas dez milhões de pessoas de 26 municípios fluminenses, além de Zona Sul, Zona Norte e Centro do Rio. Coordenação e ancoragem do Banco na emissão atraiu investidores e contribuiu para redução das taxas finais das debêntures. Projeto recebeu o selo de debênture sustentável, em função dos impactos sociais e ambientais positivos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) subscreveu R$ 1,9 bi em debêntures de infraestrutura na oferta pública de R$ 5,5 bilhões realizada pelas concessionárias Águas do Rio 1 e Águas do Rio 4. As empresas fazem parte do grupo Aegea, maior operador privado de saneamento do país, que atende mais de 30 milhões de pessoas em 13 estados e mais de 480 municípios.
A emissão, na maior oferta de debêntures incentivadas de infraestrutura da história do mercado brasileiro, recebeu o selo de debênture sustentável, atribuído a projetos que geram impactos sociais e ambientais positivos. O volume ofertado ultrapassou em R$ 1,7 bilhões a emissão realizada pela concessionária Iguá Rio de Janeiro S.A. em junho deste ano, até então a maior emissão de debêntures de infraestrutura, também ancorada pelo BNDES (Saiba mais).
O BNDES estruturou o financiamento completo ao projeto Águas do Rio, do qual a debênture é parte, que chega a R$ 19 bilhões. A oferta foi coordenada pelo Banco em conjunto com Itaú BBA (coordenador líder), XP, BTG, ABC, JP Morgan e Bradesco, contribuindo para o sucesso da colocação das debêntures junto aos investidores através da prestação de garantia firme.
Durante a estruturação da debênture, em momento de crise de mercado, houve incerteza em relação à sua viabilidade e a manutenção da posição do BNDES de ancorar a emissão foi fundamental para seu sucesso. Além disso, a atuação do Banco contribuiu para reduzir as taxas de juros cobradas nas debêntures, o que beneficia o projeto e, aproximadamente, dez milhões de pessoas que terão serviços de saneamento universal e de mais qualidade.
—Este é um setor estratégico para o Banco e para o País, e a participação do BNDES foi fundamental para mostrar aos investidores que se trata de um projeto resiliente, com uma estrutura de garantias robusta, viabilizando a oferta— ressalta o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
—A liderança do BNDES, desenvolvendo e estruturando os projetos, atuando para atração de investimentos e dos projetos de financiamento, tem sido determinante na jornada para a eliminação do déficit sanitário. No Brasil ainda são 100 milhões de pessoas sem acesso a coleta e tratamento de esgoto e 40 milhões sem acesso a água tratada. Esta liderança movimenta um círculo virtuoso, cada vez mais seguro e previsível, que compartilha prosperidade, reduzindo desigualdades, gerando empregos, saúde e qualidade de vida com impacto ambiental —comentou Radamés Casseb, CEO da Aegea.
Durante o período de concessão, iniciado em 1º de novembro de 2021, a concessionária Águas do Rio realizará o maior investimento em saneamento básico no país, em torno de R$ 25 bilhões, para a universalização dos serviços de água e esgoto, a ser alcançada nos primeiros doze anos.
Localidades – Nos blocos 1 e 4, decorrentes do leilão da Cedae, serão cerca de dez milhões de pessoas atendidas em 27 municípios do Rio de Janeiro, incluindo 124 bairros da capital.
Os municípios do Bloco 1 são: Aperibé, Cachoeiras de Macacu, Cambuci, Cantagalo, Casimiro de Abreu (somente o distrito de Barra de São João), Cordeiro, Duas Barras, Itaboraí, Itaocara, Magé, Maricá, Miracema, Rio Bonito, São Francisco de Itabapoana, São Gonçalo, São Sebastião do Alto, Saquarema (somente o distrito de Sampaio Correia) e Tanguá.
Já no bloco 4, serão contemplados os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti, além de diversos bairros do Rio de Janeiro, principalmente no Centro e na Zona Norte.