O vice-presidente da República, e ministro ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Geraldo Alckmin, esteve na sede da Be8, em Passo Fundo (RS), no dia 04 de agosto (sexta-feira) para o anúncio da construção da primeira usina de etanol em grande escala do Rio Grande do Sul. Participaram do evento Eduardo Leite, governador do Estado do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, e Pedro Almeida, prefeito de Passo Fundo.
—O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Alckmin tem sido uma voz importante em defensa do setor de biocombustíveis e dos seus benefícios para a economia, o emprego, a saúde e o meio ambiente—destacou Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. —Nesta oportunidade, celebramos o anúncio deste investimento na construção da usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, dentre outros. Este é mais um passo para ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sul —completou Battistella.
Alckmin destacou a importância da “neoindustrialização” no contexto do anúncio desse novo investimento. —Até o final do ano queremos ter uma nova política industrial e ela começa aqui. Onde temos esta competitividade? Na agricultura. Somos o maior exportador do mundo de proteína animal e vegetal e a partir disso é que precisamos industrializar. A neoindustrialização se baseará em avanços de inovação e investimento de inovação, pesquisa e desenvolvimento e uma indústria verde. O biodiesel gera emprego, desenvolvimento, preserva o meio ambiente. A mudança climática é um fato e o Brasil é o grande protagonista no combate a essas mudanças— disse durante o evento.
Já o governado Eduardo Leite ressaltou o impacto de uma usina de etanol no aumento da produção, da geração de empregos, ajudando a impulsionar a cultura de inverno e o melhor aproveitamento da terra. —O papel do governo do estado é transformar essa vocação empreendedora do povo gaúcho em aumento do PIB. Este projeto posiciona o Rio Grande do Sul e o país em uma agenda ambiental que é estratégica!— destacou.
—Não existe hoje nenhum encontro internacional ou grupo de países do mundo que não passe pelo tema de transição energética e a questão ambiental. Hoje estamos tratando do futuro da humanidade, da inovação, da ousadia, dando um passo adiante com novos anúncios, investimentos e contribuindo para que o Brasil se firme mais como um protagonista para este debate no mundo —explicou Pimenta.
Etanol diminui dependência do Rio Grande do Sul —Atualmente, o estado importa 99% de sua demanda de etanol e a nova fábrica vai suprir 23% dessa necessidade. A iniciativa também vai representar um incremento na oferta de farelo para as cadeias produtivas de proteínas animais, além de promover investimento em desenvolvimento de tecnologia genética para produção de trigo específico para produção de etanol e de ser uma oportunidade viável de renda para o agricultor com a cultura de cereais de inverno.
As ações articuladas no âmbito das respectivas esferas de poder vão viabilizar o investimento de aproximadamente R$ 556 milhões na unidade. A usina recebeu, nessa semana, a Licença Prévia de instalação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) e, as obras de terraplanagem na área de 80 hectares estão previstas para o primeiro trimestre de 2024 e as operações para o terceiro trimestre de 2025.
Com o projeto, a Be8 vai gerar cerca de 150 empregos diretos e 700 indiretos na fase de operação, com 1.000 empregos indiretos na fase de obras, dando preferência a contratação de mão de obra local, promovendo o treinamento e a capacitação de mão-de-obra especializada para novos investimentos, manutenção e operação da unidade.
A Be8 está estruturando, com instituições de ensino, cursos de formação técnica e de aperfeiçoamento profissional com o objetivo de desenvolver e formar profissionais qualificados para a nova fábrica e demais processos industriais da empresa.
A empresa também vai priorizar a contratação direta e indireta de empresas estabelecidas em Passo Fundo para a realização de investimentos. A usina será flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina) ou hidratado (consumo direto) e terá capacidade de 220 milhões de litros.
Como a região tem baixa condição para usar a cana-de-açúcar como matéria-prima, a nova fábrica vai processar 525 mil de toneladas por ano de cereais e, assim, fomentar a produção de novas culturas de inverno na região, gerando alto impacto e valor, sendo uma alternativa aos agricultores para novos cultivos nesse período.
A Be8 também vai oferecer ao mercado o farelo oriundo da produção do etanol. Conhecido como DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português), obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol. Esse é um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos. Serão produzidos 155 mil de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal.
Usina de etanol — A B8, atualmente maior produtora de biodiesel da América Latina, anunciou nesta sexta-feira um investimento de R$ 556 milhões para a construção de uma usina produtora de etanol e farelos a partir do processamento de cereais como milho, trigo, triticale, dentre outros.
—Este é mais um passo para ampliar nossa capacidade de produção de biocombustíveis aqui na Região Sul— afirmou Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8.
Ele também reforçou a importância do investimento em combustíveis limpos como parte do processo de transição energética. —E fazer a transição energética é uma oportunidade de reindustrialização do Brasil—. Battistella defendeu estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica para que as empresas continuem investindo em biodiesel. —Essa companhia tem como objetivo liderar a inovação energética e criar um futuro mais sustentável, preservando as origens e a terra. Nós precisamos ter o biodiesel incluído no combustível do futuro—.
Atualmente, o Rio Grande do Sul importa 99% de sua demanda de etanol e a nova fábrica vai suprir 23% dessa necessidade. A unidade processará 1.500 toneladas de cereais por dia para produzir 220 milhões de litros/ano de etanol (anidro ou hidratado) e 155 milhões de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal. Os investimentos serão realizados no segundo semestre de 2024, com previsão de início das operações no segundo semestre de 2025. Com o projeto, a Be8 vai gerar cerca de 150 empregos diretos e 700 indiretos na fase de operação, com 1.000 empregos indiretos na fase de obras.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ressaltou a B8 como exemplo de empreendedorismo praticado no estado, —que impulsiona o desenvolvimento econômico da região e, lá na frente, se transforma em PIB e em resultados econômicos—.
O prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida, celebrou o investimento anunciado como um presente para a cidade, que completa 166 anos nos próximos dias. —Nos enche de mais esperança e otimismo para o futuro—.
Para o presidente da Associação de Produtores de Biocombustíveis do Brasil(Aprobio), Francisco Turra, biodiesel é essencial para os 20 bilhões de dólares que entram no Brasil com a exportação de proteína animal brasileira, uma vez que é utilizado na separação do farelo que alimenta os animais. —O biodiesel é a salvação do planeta— sentenciou.
Farelos — A Be8 também vai oferecer ao mercado o farelo oriundo da produção do etanol. Conhecido como DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português), obtido imediatamente após o processo fermentativo de produção de etanol. Esse é um importante coproduto do processo de fermentação de grãos, com grande potencial de utilização para produção de rações animais destinadas à cadeia de produção de alimentos. Serão produzidos 155 mil de toneladas por ano de farelo para a cadeia de proteína animal.