O professor Romildo D. Toledo Filho é o novo diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ. Ex-diretor geral da Coppe/UFRJ, Romildo sucede a Vicente Ferreira, que ocupou o cargo de outubro de 2019 até junho deste ano, e conduzirá o relacionamento entre empresas, a universidade e demais agentes de inovação e empreendedorismo.
Segundo Romildo, o Parque Tecnológico da UFRJ tem grande importância para o contexto da inovação no Brasil, pela própria importância que a UFRJ tem para o país. —São diversas áreas do conhecimento que temos aqui e que precisam ser transformadas em empreendedorismo e inovação para benefício da sociedade brasileira. O Parque tem o papel central de transformar esse conhecimento em bem-estar —afirma.
A diversificação na atração de empresas também está nos planos da nova direção: —Espero que a gente possa ter no Parque empresas ligadas a transição energética, a descarbonização e tecnologias verdes em geral, serviços da saúde e engenharia da saúde, cidades inteligentes, tecnologia da informação, inteligência artificial, agroindústria, economia azul, fintechs e setor de comércio digital. São áreas muito importantes que precisam de muita ação e novos empreendimentos. São áreas que o Parque deve priorizar no futuro —diz.
Para Romildo, o Parque também deve ser um ambiente promotor da inovação social e ambiental, do empreendedorismo para áreas como entretenimento etc. Segundo o novo diretor, o Rio de Janeiro tem vocação natural para essa área e, é necessário diversificar tendo não só a área tecnológica tradicional, mas também em outros setores que precisam e querem inovação. —Eu espero que o Parque cresça, atraia novos empreendimentos e que muitas empresas surjam promovendo o desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado do Rio de Janeiro. A ciência, a tecnologia a inovação são a chave para o desenvolvimento do país— complementa.
Outro ponto destacado pelo novo diretor é a importância de gerar empregos tecnológicos e de qualidade para mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos: —Atualmente não existe espaço apenas na academia. O Brasil forma um número de mestres e doutores que os Institutos de Ciência e Tecnologia não conseguem acomodar. Precisamos que essas pessoas encontrem um ambiente para desenvolver soluções e usar as competências que foram aprendidas. Espero que a gente possa ter aqui no Parque Tecnológico nos próximos anos um ambiente para criação de startups e spin-offs nas diversas áreas do conhecimento—.
Mestre (1986) e doutor (1997) em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pós-doutor pela Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, Romildo Toledo é Professor Titular da UFRJ e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e membro da Academia Nacional de Engenharia (ANE). Ingressou na Coppe em 1999, no Programa de Engenharia Civil, foi diretor geral da Coppe (2019 – 2023), diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe (2013 a 2015), e vice-diretor da instituição (2015 a 2019). Recebeu do Instituto Brasileiro do Concreto o prêmio Luiz Alfredo Falcão Bauer, de Destaque do Ano em Engenharia, no campo das pesquisas do concreto e materiais constituintes (2009). Foi quatro vezes contemplado pelos editais da Faperj “Cientista do Nosso Estado” (2010) e “Cientista Jovem do Nosso Estado” (2000).
Coordenador executivo do Centro Brasil-China de Mudanças Climáticas e Energias Renováveis – uma parceria entre a Coppe e a Universidade de Tsinghua, em Pequim, na China-, é membro do INBAR Bamboo Construction Task Force, foi presidente e atualmente vice-presidente da Associação Brasileira de Materiais e Tecnologias não Convencionais. Também é membro da Academia Nacional de Engenharia (ANE).
Parque Tecnológico da UFRJ — Inaugurado em 2003, o Parque Tecnológico da UFRJ é um ambiente de inovação dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro. São duas décadas gerando conexões que potencializam a transformação do conhecimento em inovação, fortalecendo e contribuindo para o desenvolvimento econômico do Brasil.
O Parque da Tecnológico da UFRJ conecta empresas de diversos setores com a universidade com o objetivo de solucionar desafios tecnológicos e impulsionar a inovação no país. O Parque conta com mais de 30 empresas, entre residentes e associadas, além de laboratórios da própria universidade. O Parque da UFRJ está inserido em um dos maiores ecossistemas de inovação do Brasil. Reconhecida como uma das universidades mais inovadoras do país, a UFRJ possui hoje mais de 1.400 laboratórios e cerca de 60 mil alunos entre cursos de graduação e pós-graduação.