Para estimular produção industrial.
A produção industrial nacional encerrou o primeiro semestre do ano praticamente estável (-0,3%) em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com o IBGE. A Firjan ressalta que o resultado coloca em evidência as dificuldades do setor para sustentar seu atual nível de produção. Para a federação, entre os principais entraves que têm prejudicado o ambiente de negócios e refletido nas decisões de investimento neste ano, destacam-se a alta taxa de juros, a demanda interna insuficiente e a elevada carga tributária. As condições financeiras mais apertadas — que impactam o custo do crédito — têm afetado os bens mais sensíveis ao financiamento, como os de capital, que acumularam o maior recuo (-9,7%) na primeira metade do ano entre as categorias industriais.
A Firjan pontua que, embora a confiança dos empresários industriais siga avançando, os indicadores atrelados às condições atuais continuam no campo pessimista. Nesse contexto, para estimular a produção industrial, a federação reitera a importância de que seja iniciada a condução de uma política monetária mais moderada e atenta aos impactos defasados dos juros altos. Ressalta que, em paralelo, é fundamental a concretização do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Essas medidas são necessárias para viabilizar o equilíbrio fiscal e, portanto, determinantes para a redução da percepção de risco, a recuperação da confiança e a retomada sólida do crescimento econômico.