fpso-almirante-barroso

28/07/2023

Petrobras registra produção de petróleo e gás no Brasil e exterior em 2,64 milhões bpd no 2T23

E tem queda de 0,6% no período ante o mesmo período em 2022. Embora houve avanço das operações na região do pré-sal, que registrou média de 1,71 milhão de bpd no segundo trimestre, alta de 6,2% na comparação com o segundo trimestre de 2022 e alta de 0,4% ante o primeiro trimestre deste ano.

A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural da Petrobras no Brasil recuou 0,6% no primeiro trimestre de 2023, ante o mesmo período do ano passado, com desinvestimentos, manutenções e declínio natural de campos antigos, segundo informou o relatório de produção e vendas da companhia no dia 26 de julho(quarta-feira).

A companhia produziu média de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no segundo trimestre, versus 2,11 milhões de bpd um ano antes.

Na comparação com o primeiro trimestre deste ano houve um recuo de 1,8%, mostrou a companhia.

Considerando a produção total, de óleo e gás, no Brasil e no exterior, a Petrobras produziu uma média diária de 2,64 milhões de barris de óleo equivalente (boed) no primeiro trimestre de 2023, também 0,6% abaixo do segundo trimestre de 2022 e recuo de 1,5% ante o primeiro trimestre.

Pré-sal — Houve avanço das operações na região do pré-sal, que registrou média de 1,71 milhão de bpd no segundo trimestre, alta de 6,2% na comparação com o segundo trimestre de 2022 e alta de 0,4% ante o primeiro trimestre deste ano.

O desempenho do pré-sal teve influência principalmente do ramp-up de produção da P-71, no campo de Itapu, e ao início da produção do navio plataforma FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, na Bacia de Santos, disse a companhia.

A produção no pós-sal no Brasil, por sua vez, somou média de 346 mil bpd, queda de 20,3% na comparação anual e recuo de 9,7% na comparação com o trimestre anterior, segundo a Petrobras, que citou paradas e manutenções, além do declínio natural de campos maduros e desinvestimentos.

A Petrobras também informou que suas vendas totais de petróleo, gás e derivados caíram 9,3%, para 2,82 milhões de boed, com vendas domésticas respondendo por 2,14 milhões de barris.

Derivados — As taxas de utilização (FUT) das refinarias atingiram 93%, um aumento de quatro pontos percentuais ante um ano antes e de oito pontos percentuais na comparação trimestral.

A produção de derivados do petróleo da Petrobras somou média de 1,8 milhão de bpd no segundo trimestre, alta de 2,1% ante um ano antes e avanço de 9,4% na comparação com o primeiro trimestre.

— Esse aumento foi suportado por uma maior disponibilidade das refinarias, após a realização de importantes paradas programadas ocorridas no primeiro trimestre —unidades da Revap, Refap e RPBC—, além do maior FUT de 93% no segundo trimestre— disse a empresa.

A produção de gasolina cresceu 4% na comparação anual e avançou 7,4% ante o primeiro trimestre, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias, segundo a Petrobras. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil bpd, melhor resultado desde 2014.

Já a produção de diesel cresceu 1,4% no segundo trimestre ante um ano antes e subiu 9,7% versus o primeiro trimestre

Diesel —O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho. Os resultados são fruto de constantes melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado— informou a Petrobras.

O volume de vendas de derivados no mercado interno no segundo trimestre, por sua vez, ficou em linha na comparação com 2022, com crescimento de 0,3%, — mesmo após a venda da Refinaria de Manaus (Reman) —pontuou a Petrobras.

Na comparação com o primeiro trimestre, as vendas cresceram 1,5%, diante de uma maior competitividade da gasolina, e do gás liquefeito de petróleo (GLP), pela sazonalidade de consumo.

Gasolina — As vendas de gasolina cresceram 15,7%, para 434 mil bpd. Já as vendas de diesel, combustível mais comercializado no Brasil, foram de 721 mil bpd, 3,9% abaixo do ano anterior.

—Nesses seis primeiros meses de gestão, conseguimos estabelecer uma nova estratégia de preços que está colhendo os resultados que tanto queríamos: mais flexibilidade e competitividade para os preços dos combustíveis. Ao mesmo tempo, estamos comprometidos em liderar a transição energética no país, de forma justa, segura e inclusiva, impulsionada por parcerias que estamos construindo com empresas de excelência técnica e pela descarbonização crescente das nossas operações. Já estamos alcançando resultados concretos, como a neutralização das emissões do escopo 2. Mas esse é apenas o início de uma jornada cheia de desafios, que nos levará cada vez mais longe em prol do país e da sociedade— disse o presidente da Petrobras Jean Paul Prates.

Destaques do relatório — Aprovação dos direcionadores do Plano Estratégico 2024-2028: revisão dos elementos estratégicos para o Plano Estratégico 2024-2028 e aprovação do direcionador de investimentos em projetos de baixo carbono para a faixa entre 6% e 15% do investimento total (Capex) para os cinco primeiros anos do novo plano.

Neutralização das emissões de escopo 2 — Aquisição de certificação internacional atesta que a energia elétrica que a Petrobras comprou de fornecedores tem origem 100% renovável, em alinhamento à sua ambição de atingir a neutralidade das emissões operacionais até 2050. É um marco relevante na jornada de transição energética, evidenciando que a empresa está colhendo frutos concretos em parceria com nossos fornecedores.

Impulso à indústria brasileira — Acordo com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para formação de Comissão Mista, com técnicos e executivos das duas instituições, voltada para fomentar oportunidades nas áreas de óleo e gás, com foco em pesquisa científica; transição energética e descarbonização; desenvolvimento produtivo e governança. O objetivo é impulsionar a indústria nacional.

Novas plataformas — Entrada em operação da plataforma de produção Anna Nery, no campo de Marlim, na Bacia de Campos, e do FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios, maior campo em águas profundas do mundo. Os próximos projetos a entrarem em produção serão o FPSO Anita Garibaldi, que já se encontra na locação em Marlim e Voador, e o FPSO Sepetiba que saiu do estaleiro rumo ao campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.

Diesel com conteúdo renovável (Diesel-R) — Ampliação da capacidade de produção de diesel com conteúdo renovável em 146% ainda em 2023. Dos atuais 5 milhões de litros por dia, a companhia passará a ter um potencial de processar 12,3 milhões de litros por dia, ainda neste ano. Para efeito de comparação, esse volume total seria suficiente para abastecer cerca de 41 mil ônibus convencionais, gerando redução de emissões de cerca de 1.300 toneladas de gases de efeito estufa.

Descomissionamento — Conclusão do primeiro leilão de destinação sustentável de uma plataforma (P-32). A unidade terá reciclagem verde no Brasil, gerando empregos e negócios para a indústria local.