No Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá.
O governador Cláudio Castro e o vice-governador Thiago Pampolha assinaram, no dia 18 de julho (terça-feira), a licença ambiental para obras de dragagem no Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital fluminense. A ação é a concretização de uma promessa olímpica do Rio de Janeiro, assumida antes da Rio 2016.
As greves, promovidas pela transportadora Iguá, beneficiaram as Lagoas da Tijuca, de Jacarepaguá, do Camorim e de Marapendi e o Canal da Joatinga. Com o investimento de R$ 250 milhões, cerca de 2,3 milhões de metros cúbicos de lodo e sedimentos serão removidos do fundo das lagoas da região.
— O que muda o mundo é o que a gente está fazendo hoje. É diminuir o tempo de uma licença ambiental e começar uma obra dessa. É perceber que nós participamos de tirar do papel uma ação dessas, que antes ficava no sonho e no imaginário das pessoas. A gente quer esse complexo lagunar 100% limpo. E o que o estado precisar, nós faremos — afirmou o governador Cláudio Castro.
As intervenções permitirão o restabelecimento do fluxo de água nas lagoas, permitindo a oxigenação e as trocas com o mar — importantes para a melhoria na qualidade e renovação da água — além do reequilíbrio do ecossistema e aumento da biodiversidade. Cerca de um milhão de pessoas serão beneficiadas.
— Hoje o estado do Rio de Janeiro dá mais um passo em direção a um futuro mais sustentável e de maior qualidade de vida para a população fluminense. A dragagem desses corpos hídricos é uma demanda histórica que vem para complementar as demais iniciativas do estado e de seus parceiros no que diz respeito ao trabalho de saneamento e de conservação dos recursos hídricos — afirmou o vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
Limpeza e dragagem — Com previsão de início para novembro de 2023, as obras licenciadas pelos órgãos ambientais estaduais devem durar cerca de 36 meses.
A maior parte do material retirado pelas dragas será utilizada para encher as cavas das lagoas, que hoje iniciaram para a produção de gases tóxicos, prejudiciais ao meio ambiente. Dessa forma, será possível diminuir a quantidade de resíduos destinados ao aterro sanitário e evitar a circulação de milhares de caminhões pela cidade.
— A dragagem, juntamente com os demais projetos da Iguá, colabora diretamente para a revitalização do Complexo Lagunar de Jacarepaguá, que é nossa principal associação ambiental. Fomos além das obrigações e também investimos na recuperação da vegetação nativa da região, com a criação de um viveiro com 40 mil mudas de mangue vermelho — explicou o diretor de Operações da Iguá no Rio de Janeiro, Lucas Arrosti.
A empresa ainda irá promover a expansão da rede de esgotamento sanitário nas áreas irregulares e a implantação dos coletores de tempo seco nos corpos hídricos da região.
Coletor de Tempo Seco — No início do mês, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Inea concederam à Iguá a assinatura de uma licença ambiental para dar início às obras de implementação do Sistema Coletor de Tempo Seco no Complexo Lagunar de Jacarepaguá. Com investimento de R$ 126 milhões, a intervenção, durante a primeira etapa, a instalação de 26 pontos de captação no Canal das Taxas e no Rio Arroio Fundo, ambos na Zona Oeste da capital fluminense.
O sistema foi projetado para retirar, em média, cerca de 170 litros por segundo de esgoto in natura dos rios e canais da região. A previsão é que a obra, com duração de 18 meses, seja iniciada em setembro.