Em maio de 2023, o volume de vendas do comércio varejista recuou 1,0%, frente a abril, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de -0,1%.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista também caiu 1,0% frente a maio de 2022, com a primeira taxa negativa após nove meses de altas. O acumulado no ano chegou a 1,3% enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 0,8%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 13 de julho (quinta-feira). .
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 1,1% na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,1%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 3,0% frente a maio de 2022, quinto mês consecutivo de variações positivas.
No acumulando no ano, alta de 3,1% ante o mesmo período de 2022 enquanto no acumulado em 12 meses, a variação é de 0,2%.
O comércio varejista do país recuou (-1,0%) de abril para maio. Com isso, o patamar da série histórica com ajuste sazonal está 3,6% abaixo do recorde, que foi em outubro de 2020.
Atividades têm quatro taxas positivas e quatro negativas na série com ajuste sazonal —Com a queda de 1,0% no volume de vendas, na série com ajuste sazonal, as atividades do comércio varejista mantiveram equilíbrio entre taxas positivas e negativas.
Quatro atividades recuaram: Tecidos, vestuário e calçados (-3,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,3%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,7%). Outras quatro tiveram crescimento: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,1%).
No caso das atividades do comércio varejista ampliado, o equilíbrio se mantém: Veículos e motos, partes e peças, cresceu 2,1%, enquanto Material de Construção teve queda de 0,9% na passagem de abril para maio de 2023.
Frente a maio de 2022, metade das atividades apresenta queda — No confronto entre maio de 2023 e maio de 2022, o comércio varejista também mostrou equilíbrio entre taxas negativas e positivas. Houve queda em quatro das oito atividades: Tecidos, vestuário e calçados (-18,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-17,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,7%) e Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-4,9%).
Os quatro setores que ficaram no campo positivo foram: Combustíveis e lubrificantes (10,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,6%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e Móveis e eletrodomésticos (0,3%).
Considerando o comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças registrou aumento de 1,6%, Material de Construção teve queda de 2,0% e Atacado de produtos alimentícios, bebida e fumo cresceu 18,1% entre maio de 2022 e maio de 2023.
O setor de Tecidos, vestuário e calçados apresentou queda de 18,2% nas vendas frente a maio de 2022, quarto consecutivo no campo negativo. No ano, o setor acumula perda de 9,7%, até maio, intensificando o ritmo de queda dos últimos meses. A intensidade de crescimento também se reduziu no acumulado em 12 meses: -7,9% até abril para -10,3% até maio.
O grupo de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., apresentou queda de 17,4% nas vendas frente a maio de 2022, 13º resultado negativo para o indicador interanual. O setor tem sido afetado pela redução de lojas físicas de grandes cadeias. O acumulado no ano foi de -12,4% até abril para -13,5% até maio. O acumulado nos últimos doze meses foi de -12,2% até abril para -13,1% em maio.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria teve redução de 6,7% nas vendas frente a maio de 2022, mesmo patamar de queda de abril de 2023 frente a abril de 2022: -6,6%. O acumulado no ano foi de -0,5% até abril para -1,5% em maio. O acumulado nos últimos 12 meses recuou de 6,6% até abril para 4,5% até maio.
As vendas do setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuaram 4,9% frente a maio de 2022, contra -5,8% em abril de 2023, frente a abril de 2022. Ao longo do ano de 2023, o indicador interanual registrou dois meses com resultados positivos e três no campo negativo. No ano, o setor acumula redução nos ganhos pelo quinto mês consecutivo e registrou 0,9% até maio. Também houve redução no ritmo de crescimento do acumulado dos últimos 12 meses, que chegou a 1,9% em maio.
O volume de vendas da atividade de Combustíveis e lubrificantes cresceu 10,8% frente a maio de 2022, somando 16 meses consecutivos de crescimento. No ano, até maio, o setor acumula 15,5%, 1,4 p.p. abaixo do valor até abril (16,9%). O acumulado nos últimos 12 meses se manteve no mesmo patamar nos últimos quatro meses e chegou a 21,0% em maio.
O grupamento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 7,6% nas vendas frente a maio de 2022, terceiro mês consecutivo de alta. No ano, até maio, o setor acumula 1,9%, patamar superior ao acumulado até abril (0,5%), indicando intensificação do ritmo de crescimento do setor. O acumulado nos últimos 12 meses fechou em 3,9%, similar aos dois últimos levantamentos.
O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou crescimento de 1,5% nas vendas frente a maio de 2022, contra aumento de 3,3% em abril de 2023, no indicador interanual. Em relação ao acumulado no ano até maio, ao passar de 2,8% até abril para 2,5% no mês de referência, a atividade mostra estabilidade no ritmo de ganhos em 2023. O acumulado nos últimos 12 mesesfoi de 2,1% até abril e de 2,3% até maio.
A atividade de Móveis e eletrodomésticos variou 0,3% nas vendas frente a maio de 2022, resultado seguido de uma queda de 3,8% em abril, no indicador interanual. Em relação ao acumulado no ano, os dois últimos resultados se mantém em patamar abaixo de 1,0% de crescimento: 0,8% até abril e 0,7% até maio. No acumulado nos últimos 12 meses, o resultado até maio foi de -3,3% em maio, 20º consecutivo registrando perdas.
As vendas de Material de construção caíram 2,0% frente a maio de 2022, quarta queda consecutiva. O acumulado no ano é de -3,8%, uma perda menos intensa do que a de abril (-4,3%). O acumulado nos últimos 12 mesesfoi de -8,3% até abril para -7,8% em maio.
As vendas do grupo Veículos e motos, partes e peças subiram 1,6% frente a maio de 2022, invertendo trajetória de abril (-2,0%), ante o mesmo mês do ano anterior. O acumulado no ano até maio foi de 3,3% até abril para 2,9% em maio.
O acumulado nos últimos 12 meses foi de -1,4%. Esse indicador tem variado entre -1,4% e -1,7% desde dezembro de 2022 (-1,7% até dezembro de 2022; -1,5% até janeiro 2023; -1,4% até fevereiro; -1,5% até março; e -1,4% até abril).
No caso do Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, a comparação com o mesmo mês do ano anterior teve resultado positivo pelo terceiro mês consecutivo: 5,4% frente a março; 12,0% em abril; e 18,1% em maio. No ano, o setor acumula ganhos de 5,6% até maio, resultado superior ao acumulado até abril (2,4%) .
Vendas mostram redução em 23 Unidades da Federação em relação a abril — Em maio, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista teve resultados negativos em 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Alagoas (-5,9%), Rondônia (-5,3%) e Paraíba (-4,6%). Já as variações positivas, foram em três das 27 UFs: Tocantins (1,8%), Maranhão (0,4%) e Minas Gerais (0,4%), enquanto o Amazonas teve estabilidade (0,0%).
Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado teve resultados negativos em 22 das 27 UFs, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-7,0%), Maranhão (-4,8%) e Minas Gerais (-4,7%). Por outro lado, pressionaram positivamente cinco UFs, com destaque para Pará (5,8%), Ceará (2,3%) e Amazonas (1,9%)
Na comparação anual, vendas caem em 11 das 27 Unidades da federação — Frente a maio de 2022, as vendas no comércio varejista recuaram em 11 das 27 UFs, com destaque para: Rio Grande do Sul (-4,8%), Rondônia (-4,6%) e Piauí (-4,5%). Por outro lado, houve variaçãoes positivas em 16 UFs, com destaque para Tocantins (17,1%), Maranhão (12,2%) e Mato Grosso (6,0%).
Já o comércio varejista ampliado teve resultados positivos em 19 das 27 UFs, com destaque para: Tocantins (19,4%), Pará (15,7%) e Bahia (11,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 8 UFs, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-14,0%), Distrito Federal (-4,4%) e Goiás (-3,8%).