Eduardo Becker, diretor geral da Tintas Verginia, recebe o certificado e o selo Aterro Zero das mãos de Marcos Ramos (esq) e Maurício de Freitas (dir), diretores técnicos da Performa.
E quer ser exemplo para o varejo e a construção civil. Em 2022, a empresa destinou corretamente 330 toneladas de resíduos sólidos e reduziu custos operacionais.
No último ano, a Tintas Verginia deixou de enviar para aterros sanitários mais de 330 toneladas de resíduos sólidos produzidos no seu Centro de Distribuição e fábrica de tintas no Paraná. Por isso, a empresa recebeu no dia 05 de junho (segunda-feira) o selo Aterro Zero, concedido pela Performa Serviços Ambientais, uma empresa do grupo KWM – Kapersul Waste Management. O certificado é a garantia de que a sua política de gestão de resíduos sólidos atende às normas ambientais nacionais e internacionais e que a empresa faz a coleta e a destinação dos seus resíduos sólidos de forma correta, sem enviar um único grama para aterros sanitários.
— Este selo é parte importante do nosso processo de profissionalização das práticas de ESG dentro da empresa. Sempre buscamos melhorar processos e realizar ações para gerar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. Mas, desde 2021, estamos unificando as iniciativas existentes e implementando outras para mostrar que toda e qualquer empresa, independente do seu faturamento e do seu segmento, pode e deve investir em boas práticas de ESG — afirma Eduardo Bathke, diretor geral da Tintas Verginia.
Em 2022, a empresa destinou 225 toneladas de resíduos comuns, sólidos contaminados e borra de tinta para uso no coprocessamento pelas indústrias cimenteiras da Região Metropolitana de Curitiba. Outras 72 toneladas de plásticos, metal, papelão e entulhos foram recicladas. E cerca de 4 toneladas de madeiras foram transformadas em biomassa.
— Ao profissionalizar e gerir de forma correta a destinação dos nossos resíduos sólidos, tivemos uma economia de 20% nos custos de destinação entre 2021, quando ainda não tínhamos essa gestão, e 2022, já com a nova política. Isso representou uma economia de aproximadamente 30 mil reais no ano, valor que pôde ser direcionado para outros projetos de ESG da empresa — destaca Bathke. Além da redução de custos, a empresa gerou uma receita extra de R$ 50 mil no ano com a venda dos materiais reciclados, como latas de aço, plásticos e papelão.
A Tintas Vergínia também está realizando diversas ações para reduzir a produção de resíduos. Uma delas, eliminou em 90% o uso do filme plástico stretch, utilizado no armazenamento e transporte de tintas. Esse produto de polietileno, feito à base de petróleo e que pode levar até 150 anos para se decompor na natureza, foi substituído por cintas reutilizáveis, que garantem a segurança no transporte paletizado dos galões de tintas.
Para comprovar que esse movimento é possível para qualquer empresa, Bathke revela que a estratégia e planejamento ESG exigiu um investimento inicial de apenas R$ 50 mil/ano na contratação da consultoria que está auxiliando a Tintas Vergínia nessa área. Entre os retornos e benefícios desse investimento para o negócio, o empresário lista o aumento do impacto positivo da empresa na comunidade, colaboradores, clientes e fornecedores, a incorporação de boas práticas de sustentabilidade na cultura da empresa, a maior transparência e comunicação sobre o que a empresa fez fazendo e o acesso a investidores e clientes conscientes.