Vendas externas de veículos fabricados no estado do Rio de Janeiro são destaque de janeiro a março do ano. O estado do Rio de Janeiro se apresenta como a segunda força entre as unidades federativas, com participação de 11% na corrente de comércio, atrás apenas de São Paulo.
O saldo da balança comercial brasileira no primeiro trimestre de 2023 foi de US$ 15,8 bilhões, resultado de US$ 76 bilhões em exportações e US$ 60 bilhões em importações. Já a corrente de comércio fluminense somou US$ 15,7 bilhões, mantendo o estado do Rio como a segunda força entre as unidades federativas, com participação de 11%, atrás apenas de São
De acordo com as informações do Boletim Rio Exporta do mês de abril de 2023 produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), que destaca o aumento de 15% nos embarques da indústria fluminense de veículos automotores, reboques e carrocerias (US$ 184 milhões), de janeiro a março. Houve alta de 22% nas vendas de automóveis de passageiros (US$ 77,8 milhões) e de 12% de veículos de carga (US$ 45,8 milhões).
Marco Saltini, diretor de Relações Institucionais da Volkswagen Caminhões e Ônibus, em Resende, explicou que, apesar do aumento geral de exportações no primeiro trimestre, as vendas para a Argentina sofrem restrições devido à crise econômica do país: —Cresceram nossos embarques de ônibus e caminhões para o México, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Para Argentina e Chile, houve uma queda no trimestre. O volume exportado é 10% do que produzimos— esclarece.
Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan, ressalta a importância da ampliação dos mercados para veículos, como a Colômbia, e acredita em aumento desse comércio. —O crescimento de 103% das vendas de veículos de carga para a Colômbia demonstra a resiliência da indústria fluminense em buscar novos mercados, em períodos de instabilidade econômica em nossos parceiros tradicionais— afirmou.
Exportações totais do Rio de Janeiro — Em relação às exportações totais do estado do Rio, o acumulado anual foi de US$ 9,9 bilhões, uma redução de 2% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Esse cenário reflete o recuo de 5% nas vendas da indústria de petróleo e gás natural (US$ 7,5 bilhões), principalmente devido à queda do preço internacional dos produtos. Já a alta de 117% na indústria de outros equipamentos de transporte (US$ 208 milhões) ajudou a equilibrar o saldo, segundo os dados da Firjan Internacional.
Nas importações fluminenses, houve queda de 15% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2022, reflexo da redução de 70% nos desembarques internacionais de petróleo e gás natural. Por outro lado, o setor de metalurgia teve alta de 72%, enquanto o de outros equipamentos de transporte representou 28% das compras do Rio, incluindo aviões (US$ 48 milhões) e motores e turbinas para aviação (US$ 692 milhões).
No comércio de petróleo, a China permaneceu como o maior destino dos embarques do estado, com participação de 52%. Já as exportações para a Espanha cresceram 91%. Nas importações, houve diminuição de 28%, como reflexo do recuo de 54% nas compras oriundas da Arábia Saudita, nosso principal parceiro.
As exportações exclusive petróleo subiram 9% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para as vendas aos Estados Unidos, além da alta de 63% para a União Europeia. Vale ressaltar ainda um crescimento de 379% de vendas para a China. Quanto às importações exclusive petróleo, houve redução de 13% nas compras fluminenses no período, refletindo, por exemplo, o recuo de 30% nas importações originadas nos EUA.
Nos três primeiros meses de 2023, o índice Preço-Quantum indicou redução de 12% no preço das exportações do estado em comparação com o período de 2022, enquanto a quantidade dos produtos avançou 6%.