Viradouro (vice-campeã), Unidos de Vila Isabel (3º lugar), Beija-Flor de Nilópolis (4º lugar), Estação Primeira de Mangueira (5º lugar) e Acadêmicos do Grande Rio (6º lugar) voltam no sábado no desfile das campeãs. Mas, por alguns décimos, e poucos pontos de distância as 12 escolas mostraram o alto nível da festa fluminense.
A Imperatriz Leopoldinense levou para a Marquês de Sapucaí a fábula sobre a morte de lampião, o Rei do Cangaço, à luz da cultura nordestina, o cordel, — com destaque para um grande colorido regional nas fantasias.
Leandro Vieira, o carnavalesco da verde e branca retratou a vida e a morte do jagunço, barrado no inferno e no céu, e neste tom ela liderou a apuração de ponta a ponta e, de Evolução em diante, ficou isolada na primeira colocação, — Alegorias e Adereços a colocou na frente. A escola só perdeu dois décimos entre as notas válidas — um em Comissão de Frente e um em Evolução, viu a Viradouro se aproximar, mas foi somente um susto, — a mão já estava na taça.
Em 2024, Império Serrano foi rebaixada e desfila na Série Ouro, já a escola de São Gonçalo (RJ), Unidos do Porto da Pedra volta ao Grupo Especial. A agremiação cantou e encantou com o enredo desenvolvido pelo carnavalesco Mario Quintaes A invenção da Amazônia, baseado no livro A Jangada, de Júlio Verne, através do imaginário humano e inspirado pelo poder inventivo e criativo do escritor. O carnavalesco mostrou no desfile a exuberância da floresta e fez um apelo pela sua preservação, com alegorias luxuosas e fantasias criativas deu muito bem o seu recado.
A Lins Imperial e a União de Jacarepaguá, desfilam na Série Prata, em 2024.
O carnaval do estado do Rio de Janeiro mais uma vez mostrou que merece toda atenção das autoridades — como cultura, criatividade, gerador de emprego e renda, e enorme atração turística, que traz bilhões de reais para a economia do estado.
Em apenas um ano, e todo o ano, as agremiações trabalham diuturnamente para apresentar o melhor na festa de nível internacional. E pelas mãos de cada costureira, estilista, artesãos, aderecistas, designers, artistas plásticos entre outros, tecnologias, inovações, mestres de baterias, carnavalescos criativos, e mais centenas de colaboradores — saem os monumentos que desfilam diante dos nossos olhos, os quais tentamos compreender a beleza e a batida de cada instrumento, que produz a revolução dos sons.
O ’Carnaval do Rio de Janeiro’ é único, — lógico, há tempos transborda para outros lugares, mas continua mágico, e inesgotável no quesito criação.
Todas as escolas de samba, seus componentes tem que comemorar muito, estão de parabéns, mostraram o melhor, e acima de tudo espantaram muitos fantasmas que insistem em convencer a humanidade do contrário,— mas o carnaval lembra que devemos comemorar a vida, tipo: sacode a poeira e dá volta por cima.
2024 está logo alí, — e que venha muita luz para mãos, pés e mentes, e façam com que as alas de brilho e felicidade não parem jamais.